domingo, 24 de janeiro de 2021

Derrota

 

Enguiando, não conseguimos registrar mais que isso.

Para os que asfixiaram e asfixiam, para os que negaram e ainda negam eis que pautam a mais hipócrita das mensagens: “Brasil imunizado / Somos uma só nação”.

Quando precisaríamos de, pelo menos, 350 milhões de doses para estabelecer mecanismos de proteção para a população os que propagam – e ainda propagam – a ‘prevenção’ como solução dão-se por pais da vacina(ção), ainda que meia dúzia de doses diante das necessidades.

Vacina que continua sendo objeto de debate ideológico que nos leva a pagar mais caro à Índia – que a pretendeu distribuída ao mundo sem ônus – mas o Brasil recusou para agradar aos compromissos estadunidenses de Trump para com a indústria farmacêutica.

Mas aí estamos: ainda discutindo ideologias enquanto o mortandade avança.

Duas derrotas se fazem, no entanto, presentes: uma, a do governo, que passa a admitir a vacina que ele mesmo não admite; e uma outra, do povo, que continua morrendo, especialmente quando a variante do coronavírus pode já ter se espalhado pelo país.

Alguns continuam aplaudindo o ‘mito’, como o fariam gladiadores: “Ave Cesar, morituri te salutant” (Ave César, os que vão morrer te saúdam!).

Ao banquete.

Nenhum comentário:

Postar um comentário