E Mandela
Certamente parcela considerável de nossos analistas e comentaristas políticos dirá não entender o que justificaria a fala de Raúl Castro, de Cuba, no evento em que Chefes de Estado homenagearão Nelson Mandela.
Maniqueístas que são deixarão de observar a intervenção cubana nas lutas da África. Em particular em Angola, contributivo para o desbaratamento da postura colonialista que marcava o continente.
Por tal razão - e compreender porque Raúl Castro é um dos seis que falarão na cerimônia - não custa reler o rodapé postado neste fim de semana (Mandela terrorista), quando destacamos o texto “Mandela y Fidel”, de Atilio A. Boron, do Página 12 da Argentina, disponibilizado aqui a partir do http://www.conversaafiada.com.br/politica/2013/12/07/o-que-mandela-devia-a-fidel-a-vitoria/
Compreenderá o leitor porque Raúl Castro falará. Não por ele, mas porque Fidel não pode estar na cerimônia. Afinal, ‘os cubanos vieram a nossa região como doutores, mestres, soldados, experts agrícolas, porém nunca como colonizadores. Compartilharam as mesmas trincheiras na luta contra o colonialismo, subdesenvolvimento e o apartheid... Jamais esqueceremos este incomparável exemplo de desinteressado internacionalismo’” - disse-o o homenageado publicamente.
A Cuba de Fidel Castro - afirmou o próprio Mandela - “foi o ponto de inflexão contra o racismo na África”, goste ou não o maniqueísmo de parcela de nossa "grande" imprensa.
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