sábado, 28 de dezembro de 2013

Ausência

De discurso
Às vésperas do pleito/ano eleitoral Geddel Vieira Lima foi exonerado da sinecura que o mantinha sob remuneração significativa na Caixa Econômica Federal. Busca transformar sua saída – que afirma ter sido a pedido – em factóide para faturamento político-eleitoral.

Seria mais honrado politicamente se não houvesse aceitado o cargo. Quando já em conflito aberto em relação ao plano estadual, enquanto aproveitando o que lhe oferecia - pelos acordos - o federal, faltou-lhe, na verdade, grandeza de oposicionista.

No viés pretendido por Geddel - de representar o ideal oposicionista na Bahia - não sabemos se o inusitado gesto de pedir encarecidamente a sua exoneração reflete ganho eleitoral.

Mais tem se sustentado no lugar comum de hoje criticar o governo Jacques Wagner, que se desgasta por si mesmo como se implorasse encarecidamente à oposição que vença a eleição.

Como discurso eleitoral o gesto de Geddel Vieira Lima pode não passar de uma mensagem limitada ao twitter.

Ou - quem sabe? - a confissão da ausência de um discurso consistente.


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