quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Perguntar

Não ofende
No curso desta semana (não precisamos o dia) o Jornal Nacional fez chamada de forma tal que imaginamos, de imediato, que a pessoa referida seria dono ou providenciara o laranja do negócio posto sob dúvida.

A chamada dizia respeito ao hotel que admitiu a possibilidade de empregar José Dirceu. De pronto foram buscar a composição societária da empresa para descobrir que um dos sócios (panamenho) tinha vida modesta, apesar de ser presidente da dita cuja. Ou seja, havia cheiro de negócio ilícito no hotel.

Ouvimos e vimos a notícia até o fim, aguardando surgir o nome de José Dirceu, ou de Lula, ou de qualquer integrante ou militante do PT na "armação" denunciada.

E ficamos a meditar: a que ponto chegou parte de nossa grande imprensa quando quer ou cisma de prejudicar alguém. No caso específico José Dirceu.

Não nos cabe entrar em méritos se a remuneração é compatível ou não o cargo, tampouco negar o direito que tem Dirceu a trabalhar quando a lei o afirma.

Mas deixamos mais ponderações para outro instante. Aventamos apenas em torno da premissa da Globo para atingir Dirceu, que é a existência de possível irregularidade na constituição societária da empresa onde pretende trabalhar. Ou seja, a empresa pode estar em negócios indevidos etc., usando laranjas etc., estar constituída no estrangeiro ou paraísos fiscais para burlar o fisco nacional, ou desviar recursos etc.

A primeira pergunta: caso haja irregularidade na composição societária o que tem José Dirceu a ver com isso, a ponto de se tornar referência na chamada da matéria do Jornal Nacional?

Segunda pergunta: o que diz a Globo (caso se lembre) daquela empresa constituída nas Ilhas Virgens Britânicas, que serviu para a denominada Globo Oversears adquirir os direitos de transmissão da Copa de 2002, envolvida em sonegação fiscal?

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