quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Definições

Em andamento
Não deixam dúvidas as alianças que se concentram em torno de Eduardo Campos. Não bastasse expressões conservadoras (ao extremo), como Jorge Bornhausen e Heráclito Fortes, aporta no ninho do PSB Arnaldo Jardim embalando o PPS. Tal espectro faz faz revirar os ossos de Otávio Mangabeira e Newton Macedo Campos (apenas para ilustrar, duas gerações de baianos).

Naturalmente - o que não deixa outro entendimento - o PPS não confia em Aécio Neves como candidato pelo PSDB. Depois de três derrotas como aliado de José Serra (duas vezes) e Geraldo Alckmin muito difícil explicar a insistência (especialmente porque Serra nesse instante não apresenta condições de suportar uma campanha, com o escândalo paulista como cravo), razão por que o PPS busca sobreviver colando o seu projeto ao de Campos.

O detalhe reside no fato de que as atitudes e declarações de Eduardo Campos vão confirmando a pretensão de tornar-se o candidato natural - não mais como 'terceira via' - da ala conservadora da política nacional. Ou seja, como naquela propaganda de vodka está para "eu sou o Serra amanhã". 

Matéria veiculada no Valor - uma das bíblias do conservadorismo tupiniquim - informa que em viagem a Europa Eduardo Campos se debruçou sobre os versículos de "Propostas para o governo 2015/2018", de Fábio Giambiagi, clássico economista assessor de José Serra, famoso por defender o desmonte da Previdência Social como solução para 'conter' o avanço etário que acomete o brasileiro.

Certamente em razão disso Eduardo Campos, em entrevista a Folha de São Paulo, escancarou suas convicções em torno de flexibilizações envolvendo o Salário Mínimo, o modelo de partilha do pré-sal e, naturalmente, a Previdência.

Expostas as considerações acima - voltadas para demonstrar a guinada à direita de Eduardo Campos - certamente o caro leitor estaria a perguntar: e Marina Silva?

Tudo certinho, como beiço de bode - para ilustrar com nordestina sabedoria. Marina continuará exercendo a função a que se propôs: viabilizar um segundo turno em 2014. Como já o fizera Heloísa Helena em 2006 e a própria em 2010.

Apenas a registrar: não mais sabemos se Marina Silva é aquele contraponto à esquerda que muitos insistem em dizer.

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