quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Rescaldo

De feriado
Manhã desperta em silêncio de uma cidade que sobrevive ao blim-blão que norteou família e amigos reunidos em ceia – os que a têm – para lembrar – pouco – o nascimento do símbolo maior da Cristandade.

Preguiça de feriado e pensamento matutando em torno do que virá no dia seguinte. Afinal, ainda que pouco reconheçamos, o day after a qualquer feriado nesta sociedade contemporânea mais está para concentrar em busca de soluções para os problemas que dormitaram na rede da fereança.

Nada na mente para escrever. Talvez – melhor dizendo – deixado para depois o que escrever. Solução para ocupar o tempo: leitura. E lá no Jornal GGN são mostrados resultados – e esperanças – advindos de uma experiência científica alimentada em pesquisa a partir um método de nome um tanto estranho – eletroconvulsoterapia (ECT) – voltada para apagar memórias ruins. De lá pinçamos:

“A um grupo de voluntários foram exibidas histórias traumáticas por meio de um slideshow. Em seguida, o grupo foi convidado a narrar os episódios vistos na apresentação. O passo seguinte foi submeter parte do grupo à terapia de ECT. No dia seguinte, em um teste, os pacientes submetidos ao experimento tiveram maior dificuldade de recordar os acontecimentos exibidos um dia antes, ao contrário dos demais que não passaram pelo ECT.

Como o nome do nominado método o diz cuida de trabalhar convulsões através de estímulos elétricos que levaram ao despertado interesse dos pesquisadores para solucionar problemas que afetam os sucumbidos à depressão grave.


Tivéssemos intimidade com Tia Zulmira – ermitã conselheira de Stanislaw Ponte Preta – certamente dela ouviríamos: “É, meu filho, ainda que a coisa cheire ao velho eletrochoque seria bem vindo ao Brasil, que anda precisando esquecer muita coisa. Inclusive a passagem de alguns políticos pelo poder. Com o risco de alguns ficarem inteiramente sem memória, no caso de parcela considerável dos analistas econômicos”.


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