Que os espera
Em marcha o temor de que o ministro Joaquim Barbosa faça mais uma das suas. Até porque continua demonstrando aptidão para fazê-lo. E o Natal, a festa maior da Cristandade, pode ser mais eficiente do que um feriado prolongado iniciado no dia em que se comemora a Proclamação da República.
A dúvida reside apenas em esperar, pagar para ver.
O tratamento diferenciado dado a dois doentes condenados no mesmo processo já o demonstra. Enquanto José Genoíno foi objeto da espetacularidade, sendo deslocado algemado de avião de São Paulo - sua residência - para Brasília e encarcerado no presídio da Papuda em regime fechado quando lhe estava assegurado o semiaberto, Roberto Jefferson foi dispensado da 'delicadeza' e ainda se encontra em sua residência, saindo dela apenas para fazer os exames (em hospitais particulares) solicitados por Sua Excelência.
A Jefferson o direito assegurado de fazer os exames em liberdade; a Genoíno, depois de preso.
Barack Obama, na homenagem a Nelson Mandela, afirmou sobre a incompletude da obra de 'Mandiba', porque cidadãos, ainda hoje, são encarcerados por suas ideias. Não sabemos se no fundo de suas palavras haveria alguma relação com o que acontece no Brasil.
Certo que bem se aplicam a Genoíno, por sua história. Diferentemente de Jefferson, que sempre esteve ao lado dos que encarceram. Certamente aí a razão da benevolência com que vem sendo tratado.
Não podemos adiantar como será o Natal de Jefferson. O de Genoíno está a vista. E bem pode ser piorado.
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