terça-feira, 15 de outubro de 2013

Caminho

Escolhido
Por mais que muitos queiram afirmar que a dicotomia esquerda-direita é coisa do passado, quanto muito podem os rótulos ser trocados não o produto que armazenam em suas embalagens. Isto porque a essência das coisas não se altera.

Ninguém pode afirmar como de direita o programa político (e o governo que o ponha em prática) que distribua renda, gere empregos, reduza desigualdades sociais, valorize o trabalho diante do capital, ataque a miséria, defenda o Estado mínimo e assegure subsídios à base da pirâmide social. Como não será de esquerda aquele que tenha o desemprego como tônica para assegurar "aumento" do bolo para futura distribuição, subsídios ao capital, concentre a renda e amplie a presença do Estado nos investimentos, ou, quando nada, no controle destes investimentos.

Nunca será considerado de direita um programa de governo que aumente a renda, distribua a riqueza, reduza o desemprego, amplie a oferta de serviços do estado em educação e saúde, invista em infraestrutura valorizando os recursos do próprio país, busque eliminar a fome e a miséria.

Este o conflito presente no centro das discussões políticas que norteiam as candidaturas que pensam 2014. Há nelas um divisor de águas, que está centrado justamente na coerência de vida e as propostas que ponha na praça.

No Brasil destes últimos vinte anos duas vertentes político-administrativas ficaram patentes: a do PSDB/FFL, sustentado em privatizações (redução do Estado) e parca distribuição de renda, baixo crescimento do emprego (eufemismo para desemprego), concentrando em minorias o resultado da riqueza produzida e do PT, que ampliou, como nunca, a base da distribuição da renda e da riqueza, gerando emprego e reduzindo a miséria a patamares mais 'civilizados", inserção de parcela considerável da população no universo do crédito e da classe média.

Na diferença básica: uma gestão para o povo (PT) e outra para as classes abastadas.

Este será o debate para 2014: qual a melhor opção. Todos certamente dirão pretender a continuidade do que encontra na população uma aceitação.

Caberá, ao mesmo povo, verificar quem fala a verdade.

Nesse viés, escolhas político-partidárias definem se o discurso/proposta é coerente entre o dito e o escolhido. Se quem se diz de esquerda realmente o é. Ou se apenas oportunista.

Em linguagem simples: quem fala a verdade, porque pôs em prática o que diz.



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