quinta-feira, 21 de agosto de 2014

PSB

Coadjuvante
Eduardo Campos, na condição de liderança maior do PSB, cuidou de desconsiderar a proposta que Lula tinha para ele: a de ser o candidato a presidente em 2018, como forma de alternância de poder sem prejuízo do projeto de governo desenvolvido pelo PT. Não há como não deixar de lembrar que quase às vésperas do desenlace do processo eleitoral para 2014 Eduardo levantava loas a Lula, Dilma e ao governo encabeçado pelo PT.

Mudou de postura em relação ao futuro e fugiu da proposta de Lula. Lançou-se candidato a presidente e encabeçou uma coligação em torno de seu nome e de suas propostas. Em determinando instante acolheu Marina Silva, que não conseguira emplacar o seu próprio partido, o REDE.

Aproveitando a exposição de Marina em 2010 tornou-a sua candidata a vice. Marina nunca negou que estaria no PSB tão somente até conseguir registro para seu REDE. Marina era a coadjuvante ideal para Eduardo.

Ainda que constituíssem algumas alianças ‘inconvenientes’ para viabilizar palanques (o presidente do PSB, Roberto Amaral, chegou a declarar que “O PSB não será Viagra do PSDB”), algumas delas foram enfrentadas por Marina.

A morte de Eduardo Campos transformou Marina Silva de coadjuvante a personagem principal e jogou no colo dela a cabeça de chapa do PSB na disputa para a presidência.

Os conflitos entre Marina e Eduardo nunca deixaram o PSB coeso em relação à aliança celebrada por Eduardo. Não pode ser afirmado que entre PSB e Marina haja confiança. Tanto que houve a proposta de que assinasse um compromisso de manutenção dos acordos e compromissos de campanha de Eduardo (alguns contrários ao que pensa Marina). Quem pede/exige documento assinado é porque não confia.

No frigir dos ovos a coadjuvante levou a melhor e tornou o PSB que a acolheu em seu coadjuvante. Dividirá mais que unirá. Ainda que digam que não.

E o PSB que caminhava para ocupar espaço e maior participação no mundo partidário tende a retardar a caminhada. Tudo porque as circunstâncias o levaram à coadjuvância, a tornar-se 'viagra' de Marina.

Programa eleitoral
O primeiro programa eleitoral na Bahia já delimitou a campanha: Paulo Souto atacando a situação batendo na tecla segurança e saúde; Rui Costa apresentando as realizações do período Wagner (que não apareceu no programa).

Caso o eleitor leve em consideração o horário eleitoral Rui Costa tomará consideráveis pontos de Paulo Souto. E a comparação entre os dois períodos (dois governos de Souto e dois de Wagner) pode surpreender o carlismo/soutismo.

O que não pode ser afirmado é que aquele eleitorado que votou em Paulo Souto em 2006 deixe de fazê-lo em 2014. Esse o embate do PT.

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