quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Impressões

De viagem
Estamos em Recife. Observando parte da História brasileira. Registre-se, de luta. Porque Pernambuco a tem para expor. Hoje, lá no Centro de Cultura  um resgate da organização da sociedade civil recifense que evitou que a antiga Casa de Detenção, então desativada, se tornasse um estacionamento (o que faz Itabuna com o seu casario)– bebemos de uma cidade forte na defesa de valores e instituições culturais. 

O que dizer do que encontramos no espaço destinado ao Artesanato, lá no Marco Zero?

Até agora, uma lição. Em torno disso voltaremos a escrever.

Mas, muito mais, escutar as pessoas. E muito ouvimos.

Por exemplo, em meio aos taxistas, um reflexo do que ora ocorre no país: crítica ao Governo e, particularmente, a Dilma (como encarnação deste mesmo governo). Mas quando confrontados com uma argumentação isenta consideram a realidade brasileira contemporânea e compreendem os avanços.

Ainda que afastado da persecução do atual instante de aprofundamento da desestabilização política promovida por Eduardo Cunha e sua 'pauta-bomba' observamos que algo tende a não sair como o programado.

Sinalizamos no DE RODAPÉS E DE ACHADOS deste fim de semana em torno do que víamos como concretos sinais contrários à loucura iniciada. Não só a indústria e suas associações FIRJAN e FIESP, como o sistema financeiro pátrio, via Bradesco, o sistema Globo, e outro prócer da imprensa que incentiva o caos (Folha de São Paulo) deram o pontapé do basta.

Podem até estar jogando para a plateia. Mas uma coisa parece ter-se tornado consciência comum: embarcar com Eduardo Cunha é entrar no túnel sem saída, onde só restaria o aeroporto para o exterior (para os que tiverem tempo).

Dissemos hoje a um taxista que nos levava ao Centro Histórico de Recife que não vivemos tempos de brincar, tampouco de antanho, quando a notícia chegava nas costas de cágados (para formarmos uma imagem forte). E que a população trabalhadora não suportará inerte e passiva um retorno brusco – interrompendo o ciclo virtuoso dos últimos anos – aqueles 12,7% de desemprego legado por FHC em 2002.

Quando se (inter)comunica pelas redes sociais a explosão de uma crise gerará uma reação incontrolável.

Tem gente que já enxergou isso. 

Há – no entanto – os que se encontram abraçados ao leme da insensatez.

Os que acabaram de jogar fora o que conquistaram a duras e variada$ penas. Por insistência no jogo em que queriam o resultado final contrariando as regras do próprio jogo. 

O que pode não ser simples impressão de quem viaja. 

Especialmente quando um tal de Lula deu de andar dizendo que deseja viajar. E conversar. E lembrar que "“Quem aprendeu a comer filé não quer voltar a comer bucho."


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