Garrote vil
Caso o Brasil escape do
garrote vil manejado pelos Estados Unidos surpreenderá a muitos. Inclusive a este
escriba. Somos dos que integram a confraria que bebe(u) em nomes que há muito
denunciam o insólito estadunidense, alimentado pela confessa subserviência de
uma ínfima parcela da população nativa, que baba canino-pavlovianamente quando
ouve ou vê signos estadunidenses, para ela como se diante do Nirvana dos Nirvanas.
O texto de Pepe Escobar, do Sputinik News (aqui disponibilizado a partir do Conversa Afiada) retoma/reitera o que há dias registrou Moniz Bandeira – ainda não ocupada a barricada pelo
Interino – onde deixa claro e cristalino que o Brasil enfrenta(ria) um ataque
dos EUA especialmente em razão de sua potência na produção de energia e
representar uma ameaça à hegemonia até há pouco incontestável no continente Sul-americano.
O baiano Moniz Bandeira – desde março de 2015 – vem acentuando os desdobramentos que hoje vivenciamos e dizendo com todas as letras: "EUA estão por trás do golpismo". Ele que se debruça justamente sobre análises centradas na Geopolítica internacional explica em pormenores a atuação estadunidense e suas 'razões'.
A luta é de vida ou morte. A
perda de controle sobre o Brasil apressa(ria) a derrocada dos Estados Unidos no
contexto do domínio da geopolítica mundial. O tema tem sido ventilado neste espaço com certa frequência.
O novo eixo levantado para as
relações internacionais pelos BRICS e G-20 (sem dispensar a unidade que vem
sendo construída em nível de América Latina) não interessa de forma alguma à vocação de caráter imperial dos grupos econômico-financeiros (os detentores do imperialismo) que dominam parte do
planeta a partir do controle da política externa dos governos que os
representam, republicanos ou democratas. No fundo uma mesma panela na visão de
mundo.
Não à toa o interinato age
como se já assegurada a eternidade para o seu projeto. Somente a certeza de
contarem com apoio externo, centrado a partir dos Estados Unidos, lhes assegura tanta precipitação transformada em bobagem cometida.
São eles os que colocam o
garrote vil no Brasil. Sob controle dos de lá. A quem servem a troco de
migalhas que lhes sobram. Que não são poucas, em termos materiais por
indivíduo.
Que o diga – à guisa de exemplo – 1% de 100 trilhões de dólares,
valor estimado do pré-sal quando os preços do petróleo voltarem à realidade.
Porque a Petrobras e sua tecnologia vão de lambuja.
Os agentes
Duvide quem quiser. Tenham-nos como vinculado à teorias conspiratórias os que não avançam sua informação além dos limites da mídia que àqueles serve.
Mas, um simples olhar sobre apenas alguns passos dados pelo interinato demonstram à saciedade a verdade: o afastamento de Dilma/Lula/PT e Políticas de Estado por eles alimentadas encontra-se exposto nas viagens de membros do governo ou de políticos aos Estados Unidos.
Sem esquecer que já é público e notório ser o interino Michel Temer um dos colaboradores e informantes da embaixada dos Estados Unidos.
À espera
Ainda que sem qualquer credibilidade internacional e desgastado internamente, a atuação do Interino está voltada para assegurar a materialização do golpe, com o afastamento definitivo de Dilma Rousseff.
No entanto – assim pensamos – parece haver exacerbada confiança em sua permanência à frente do Governo, para precipitar os desatinos já materializados e outros anunciados.
Teoria conspiratória, ou não, confia(m) na Operação Brother Sam.
Piada
“A grande imprensa brasileira
é uma piada”. Assim a definiu o jornalista Glenn Greenwald.
Para quem ainda afirmasse que
não, ou tentasse sacrílega defesa, não pode ter mais dúvidas.
Uma figura – aqui
citada pela circunstância, não por aquilo que imagina ser – deu de articular
que o jornal New York Times está subvencionado pelo Partido dos Trabalhadores.
Sim, caro leitor, o PT escorraçado (por ter-se acovardado antes) está financiando no NYT uma campanha difamatória contra o governo interino!
É a piada do momento no mundo.
Em outro instante seriam os 15 minutos de fama do dito cujo. Que se tornou
simplesmente escárnio.
O nome dele? Um tal de Guilherme Fiúza, da Época (naturalmente) aqui 'biografado' por Paulo Nogueira, no DCM.
Serena constatação
A realidade pesa sobremodo na
conformação de uma consciência. Nada adianta a afirmação de formadores de
opinião (aqui, referência à mídia) de que está chovendo quando o sol esturrica.
Na esteira, também a consciência coletiva. Como aquele caboclo dos sertões
perdidos deste país, calado, escutando o que lhe é passado, que não engole o
que desejem que entenda, assim a coletividade vai trabalhando a realidade no
plano comparativo em relação ao que lhe é pintado.
Os movimentos que emplacam o ‘fora
Temer’ estão pautados não na cavalar convocação da mídia, mas naquele
gotejamento da verdade no solo, que vai alcançando o freático da consciência
coletiva.
Dirão alguns que é política. Mas – os que assim disserem – não entendem
a realidade, mesmo porque negam que ‘política’ fizeram escancaradamente, mídia
e movimentos da elite raivosa, contra um governo de trabalhadores. A ponto de –
desrespeitando o ordenamento jurídico-constitucional – batalhar pela derrubada
pura e simples de um governo democraticamente eleito.
Pode até não dar certo, mas
nos vem uma trova de Adelmar Tavares, que abre o prefácio de “Coisas que o povo
diz”, de Câmara Cascudo:
A verdade popular
Nem sempre ao sábio condiz,
Mas há verdade serena
Nas coisas que o povo diz.
A serena observação do povo vai construindo a verdade que a coletividade percebe definitiva.
A serena observação do povo vai construindo a verdade que a coletividade percebe definitiva.
No fundo, a serena constatação de que deram um golpe no povo.
Esfrega
“Nunca
terei transgressores preferidos, como bem demonstra o leque sortido de
autoridades investigadas e processadas por minha iniciativa perante a Suprema
Corte. Da esquerda à direita, do anônimo às mais poderosas autoridades,
ninguém, ninguém mesmo, estará acima da lei, no que depender do Ministério
Público”, disse ele no final de um encontro de procuradores eleitorais.
“Figuras de expressão nacional, que deveriam guardar imparcialidade e manter decoro, tentam disseminar a ideia estapafúrdia de que o Procurador-Geral da República teria vazado informações sigilosas para, vejam o absurdo, pressionar o Supremo Tribunal Federal e obrigá-lo a decidir em tal ou qual sentido, como se isso fosse verdadeiramente possível. Ainda há juízes em Berlim, é preciso avisar a essas pessoas”.
Não se diga que as palavras de Janot, em discurso na sexta,no encontro de procuradores eleitorais, não têm destinatário individualizado.
Caso haja dúvida basta soletrar G-i-l-m-a-r M-e-n-d-e-s.
“Figuras de expressão nacional, que deveriam guardar imparcialidade e manter decoro, tentam disseminar a ideia estapafúrdia de que o Procurador-Geral da República teria vazado informações sigilosas para, vejam o absurdo, pressionar o Supremo Tribunal Federal e obrigá-lo a decidir em tal ou qual sentido, como se isso fosse verdadeiramente possível. Ainda há juízes em Berlim, é preciso avisar a essas pessoas”.
Não se diga que as palavras de Janot, em discurso na sexta,no encontro de procuradores eleitorais, não têm destinatário individualizado.
Caso haja dúvida basta soletrar G-i-l-m-a-r M-e-n-d-e-s.
A leitura que não
foi feita
Janot, procuradores
que o servem e ao seu projeto, alguns juízes federais etc. etc. constroem o álibi
necessário para prisão de Lula. Começando por entender que se Lula é ex-presidente
não possui foro privilegiado.
Pedir a prisão de
Sarney e quejandos nada representa em defini-la, por depender do Senado etc.
No
caso de Lula, apenas a decretação.
Dias atrás, pedido de investigação para
Aécio Neves (morto politicamente; como Sérgio Guerra, definitivamente).
Acredite quem
quiser: pedido de prisão de Sarney e quejandos e investigação de Aécio Neves é sinal de que Lula será preso.
Especialmente quando
as pesquisas vão afirmando a sua liderança eleitoral.
A leitura...
No mesmo viés o pedido (tardio)
de prisão da mulher de Eduardo Cunha. Sinal subreptício para Eduardo Cunha
delatar. Como esse rapaz não tem pejo, é oligofrênico/esquizofrênico (difícil a
avaliação psiquiátrica) para salvar a própria pele e a dos seus delatará o que
sabe (muito) e o que não sabe.
Claro que a delação que atinja
a gente do PSDB não vem ao caso (que o diga Yousseff quando dedurou Aécio Neves).
Mas, se citar o PT. E Lula especialmente!...
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