Patético, ridículo, risível, bufo etc. etc.
etc. Os que costumamos assistir pela televisão desfiles de forças militares em
nível de China, Rússia, Coreia do Norte ficamos estarrecidos com a demonstração
de insignificância a que postas as forças armadas brasileiras, torreão da
segurança nacional.
Caso levemos em consideração o ‘aparato’
exibido na terça (10) decididamente não temos condição nem de enfrentar o
Paraguai. Caso não o seja, o ridículo uso do ‘aparato’ fora de instante
(visando demonstrar força) levou de roldão o ‘comandante’ à execração pública
em dimensão antes não imaginada.
Tudo isso faz parte do hospício em que nos
tornamos, não mais ‘república de bananas’. Os internados aplaudem como
expressão de políticas públicas as filas para conseguir osso, a mortandade por
covid-19 nos povos nativos, estupros e assassinatos de crianças indígenas, pensões
milionárias em várias esferas do poder (incluindo as escandalosas percepções no
meio militar), aposentadorias milionárias. E agora desfiles bizarros.
Certo que parece não sobrar dinheiro para aparelhar
a Marinha, o Exército e a Aeronáutica se tomamos como exemplo a magnificidade
do ‘aparato’ militar levado à Brasília. Se houve pretensão de demonstrar
poderio militar não ficamos só no patético e o denominado Exército brasileiro
passou por uma desmoralização bélica.
Ali exibido um necrológio à espera de um epitáfio.
Sabemos que não é pequeno o orçamento das
Forças Armadas. (Ainda que desviem recursos do SUS destinados à pandemia para
cobrir gastos militares). Atualmente 22% dos investimentos federais estão
destinados ao Ministério a Defesa (incluindo reajuste para os militares). Mas — diante do ‘aparato
bélico” exibido —
não
custa levantar questões sob conjunção alternativa: ou o exército está
sucateado ou o dinheiro da arma somente é suficiente para pagar pensões para
filhas de oficiais falecidos há décadas (uma delas, quase centenária, continua
na lista até que o Altíssimo a convoque).
Na esteira tornamo-nos centro de galhofa,
pátria do ridículo, convento sem carmelitas
Não temos Miguel de Cervantes para cantar
nossos Cavaleiros de Granada: que saíam
em alta madrugada, brandindo lança e espada, em louca cavalgada. Para quê? Para
nada!
Mas, caro e paciente leitor, como somos um
país pródigo naquilo que corre mundo como ‘jabuticaba brasileira’ galgamos o
patamar inimaginável de possuirmos as FORÇAS DESARMADAS DO BRASIL. Ou, quem
sabe?, o primeiro exército de Brancaleone latino-americano à espera de Mario Monicelli
imortaliza-lo.
Queremos crer que certamente o ‘aparato’
exibido como demonstração de força envergonha militares que não têm o ‘mito’
como deus encarnado. Até porque expulso dos seus quadros por prática de ato
indigno.
Mas, cá para nós: um país que caminhava para
integrar o universo de produção de usinas e submarinos nucleares, dominando o
ciclo da produção de urânio enriquecido alcança o estágio de centro de piadas e
galhofas e não está a servir e não se presta nem como tema de romance de
cavalaria medieval.
Luciano Huck — chegado a uma ‘lata velha’ — encontrou
o mote para a sua candidatura a comandante delas.
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Fontes aplicadas: Brasil 247 e Poder 360
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