sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Não tem jeito

Desgaste
Inegalvelmente, a pedra de toque da reeleição de Azevedo estava na imagem popular, de homem simples, carismático. Isso encobria a "imagem" da administração, centrada em denúncias onde, afastados os aspectos ético-financeiros (para não utilizarmos jargão outro), desandava a desorganização e a falta de comando. Muito cacique disputando a mesma aldeia.

Em situações tais (quando alguém leva vantagem com a desordem) o puxa-saquismo é componente singular. E não há coisa mais deplorável de assistir que um puxa-saco defendendo o indefensável. No entanto, aí reside o perigo, quando ocorre é porque o bajulado permite ou, em alguns casos, até incentiva.

Dizemos isso a propósito do que assistimos há pouco a partir do Centro Administrativo Firmino Alves: um punhado de funcionários iniciando caminhada com a palavra de ordem "quero meu dinheiro". Alegaram adiante, em concentração no Jardim do Ó, que até aquele instante, em pleno 14 de setembro, não haviam recebido o salário correspondente a agosto. 

Um dos mais sagrados deveres do bom administrar é pagar a quem trabalhou. Afinal, o trabalhador antecipou o custeio da sobrevivência, financiando o empregador (obrigado Marx) e o mínimo que espera é o recebimento da remuneração, que permitirá o ciclo financiar-receber.

A menos de um mês das eleições acontecimentos dessa natureza demonstram à saciedade a inoperância da administração e a falta de sensibilidade, até política, dos que comandam a campanha para a reeleição. Os mesmos que dirão ao prefeito candidato que tudo está as mil-maravilhas e caminha para a apoteose.

Não pagar salários é algo muito ruim. Ainda mais em período eleitoral. O servidor se torna não somente em voto contra, mas, o que é mais grave, em cabo-eleitoral contra o gestor.

De inusitado, observamos o apoio logístico recebido pela turma (carro de som do sindicato dos bancários) e o local estratégico da primeira parada e discursos: em frente ao prédio onde se encontra instalada a "rádio de Geraldo", a Difusora.

Um observador sabiamente ponderou com o refrão tão comum nestes tempos de eleição: "não tem jeito".


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