domingo, 30 de junho de 2019

Escolha o leitor: uma droga de semana ou uma semana de drogas

Uma semana como sói natural nestes tempos singulares. Diplomacia –  ou o que isso representa para o atual governo , judiciário, hidrofobia, drogas e quejandos outros. E –  tema obrigatório –  o que traz o Intercept.

No quesito droga cremos que o título deste dominical deixa ao leitor reconhecê-la sob a melhor configuração semântica. 

Aos fatos, como observados pela coluna.

Aplausos
Não se diga que o governo liderado pelo inquilino do Alvorada não encontra apoio internacional. Por defender pauta das mais retrógradas na ONU o Brasil foi aplaudido pela Arábia Saudita, Paquistão e Barhein, como veiculou Jamil Chade

Inclusive o autor da matéria ouviu de um diplomata que circulava nos corredores do G-20, em Osaka-Japão, uma afirmativa de um o governo de Duterte (Filipinas) tinha apoio brasileiro para uma resolução para que os massacres naquele país não sejam investigados.

Na outra ponta,  a agenda com o presidente da França, Macron, foi por ele (Macron, naturalmente) cancelada, em protesto às posições da ‘diplomacia’ brasileira em relação ao clima.

O inquilino do Alvorada se tornou um típico leproso vivendo no auge das Escrituras: ninguém o quer por perto. E quando aparece fogem dele como o Diabo da cruz.

Não se diga que tudo foi ruim: o excelentíssimo – que já andou exaltando exportação de abacate brasileiro para a Argentina – acaba de anunciar a força da terra brasilis naquilo que vê como grande fonte de divisas para o país: exportação de bijuterias de nióbio.

Chade se disse decepcionado. Não sabemos se a adjetivação corresponde à realidade.

Lado desconhecido
O apoio de alguns militares ao inquilino do Alvorada (leia-se, ao seu governo e ideias) exibe um lado que nunca imaginamos existir nas Forças Armadas: o idiota de farda.

Tudo acrescido do singular instinto de cão raivoso, como alguns fazem questão de exibir.

Avião
Helicóptero de Perrela, com 548 quilos de pasta de cocaína; avião da comitiva presidencial, com 37 quilos; 33 quilos em outro avião militar.

Famosa a expressão ‘avião’ para definir crianças e adolescentes que servem ao tráfico transportando papelotes.

Oportunidade de conferir quem são os verdadeiros traficantes. 

E de onde surgem e quais a garantias de cada um deles.

E lá se vão as galinhas dos ovos de ouro
Estatais de outros países apropriam-se, via privatizações, das riquezas minerais brasileiras. Não são os investimentos que aportam, mas as facilitações do governo para que se apropriem da riqueza que é do povo.

O detalhe é que cai por terra o discurso interno de que as estatais são inconvenientes. Naturalmente as nossas – para os entreguistas – porque as estatais chinesas, norueguesas, francesas, italianas, até mesmo colombianas estão nadando de braçada em substituição às nossas.

País dos sonhos
Melhor diríamos: Judiciário dos sonhos. Sonhos de efetivação de Justiça, não. Mas os sonhos da classe dominante. Aquela que tem o país a seu serviço.

Deu no 247: aquele senador do Distrito Federal condenado por crimes financeiros a quatro anos acaba de ter autorização judicial para passar férias em Aruba, no Caribe.

Lula não teve autorização nem para ir ao enterro do irmão.


STF I
Trilhamos pelo perigoso caminho de desconhecer que toda ação humana carece de estar respaldada na Moral. Ou seja, somente se perfaz válida se moralmente reconhecida, se por aquela justificada.

Diante das dúvidas que pairam sobre algumas excelências degustadoras de filé de lagosta e vinhos importados (à custa do povo) diante do escândalo comandado por juiz e procuradores para condenar Lula cremos que o dito acima tornou-se apenas figura de retórica.

STF II
Como previsto a covardia, o comprometimento com o golpe confirmado fica com o adiamento inconcebível em um Estado de Direito, quando feridas as disposições legais que asseguravam o direito do autor ao julgamento.


Réu idoso preso, julgamento já iniciado para apreciar o habeas corpus.

Ainda que saibamos, não custa perguntar: o que ganha o STF afirmando-se conivente?

STF III
Temos escrito em torno do comprometimento do STF com tudo que ora ocorre. Até porque nada mais profético que aquele “Com Supremo e tudo” de Sérgio Machado dialogando com Romero Jucá, tradução literal do que se trama nos bolsões da classe dominante para se apropriar do Estado e dele fazer sua propriedade: a lei é para todos – os outros – não para mim

Mas uma pergunta sempre nos fazemos: quem nomeou tais ministros?

Da atual composição apenas quatro – já foram três – não são indicação de governos petistas. E olhe que outras peças (singulares) não mais lá estão (também indicações petistas) como Ayres Brito, Joaquim Barbosa, Eros Grau, César Peluso.

De origem petista indicações várias para Superior Tribunal de Justiça e TST.

Lula já afirmou, diante da juíza Gabriela Hardt, que as indicações para o STF ocorriam por acordo com a classe política. 

Aí o busílis: regra antiga (que devia ser combatida) como a indicação para cargos vários (inclusive diretorias da Petrobras) para assegurar a ‘governabilidade’.

A manutenção de tais vícios gerou ‘mensalão’ (caixa 2 julgado como corrupção) e petrolão. 

Naturalmente porque o PT era a vidraça. Afinal, beira a insanidade imaginar que tudo começou em 2003.

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