quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Descarte

Quando não há utilidade
A pretensão de Marina Silva de liderar a criação de um novo partido político está sob fogo cerrado. Dentre os franco atiradores parcela da grande imprensa, aquela que exerce a oposição – como disse Judith Brito – diante da fragilidade da dita cuja, até o momento em frangalhos e sem perspectiva de ofertar uma candidatura que enfrente o PT em 2014.

Estranha-nos Marina relegada por quem a incensou às alturas em 2010, alçada à condição de esperança última deste Brasil varonil. Naquela oportunidade tornara-se única solução para desbanque do poder – leia-se PT – assim como Heloisa Helena o fora em 2006. Utilidade havia. Afinal, para gáudio da casa-grande, tirava parcela significativa de votos do partido encastelado no poder e poderia viabilizar a candidatura própria que interessava às elites (José Serra, em 2010). 

Hoje caem de pau sobre Marina. Ainda que seu projeto careça de sustentação na dimensão que a política exige, deveria receber da imprensa melhor conceito. Até porque, dentro do moralismo que norteia ditos arautos da verdade – por eles construída – seria ela, por sua história pessoal, uma vertente satisfatória.

No entanto, não é isso que se vê e lê.

Para quem enxerga atrás da serra sabe que a verdade é bem outra: Marina, como Heloisa Helena, não tem utilidade neste instante. Para derrotar o governo os olhos da “oposição” recaem, melosos como os de adolescente apaixonada, em Eduardo Campos. A bola da vez. Até que seja útil.

Depois... Marina, João, José, qualquer cavalo que passe selado e aparente sustentar a corrida até o fim será o sonho de consumo da oposição.

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