quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Água

Futuro
O prefeito Claudevane Leite, respondendo a perguntas deste blogue durante a entrevista concedida na manhã desta quarta, afirmou existir boa vontade política do Governo do Estado em encontrar uma solução jurídica para o impasse que existe desde 2009, quando findou o contrato de comodato entre o Estado e o Município de Itabuna, pactuado no imediato da municipalização do sistema de abastecimento de água (1989), quando este ficou com todo o equipamento da empresa baiana para a manutenção da oferta do serviço, o qual deveria retornar ao comodante no término dos 20 anos pactuados.

Sinalizou o prefeito que tal disposição lhe foi assegurada pelo governador Jacques Wagner no encontro recente, quando da presença de Sua Excelência em Itabuna para a assinatura da ordem de serviço para a construção da barragem do rio Colônia.

Ainda, respondeu o prefeito, que há intenção de fazer-se condutor do processo de recomposição das nascentes da bacia do Cachoeira, aproveitando-se, inclusive, de estudos realizados pela Universidade de Santa Cruz.

A resposta à indagação do blogue, em sendo concretizada, responderá a uma das angústias refletidas no rio Cachoeira, em especial nos limites do perímetro urbano itabunense, uma vez que a crise decorre muito mais da redução do nível de água (comparado com o de 20 a 30 anos), ainda que toda a culpa venha sendo posta na ausência de  tratamento dos esgotos que nele são despejados.

Sabemos, os que conhecem dita realidade, que as nascentes dos principais formadores do Cachoeira (rios Colônia e Salgado), especialmente a do Colônia, sobrevivem ao descampado, diante do brutal desmatamento para atender às exigência da pecuária. Circunstância que se agrava em seus afluentes.

Neste particular cremos que a liderança do município de Itabuna tende a deslanchar uma política concreta de efetivação de projetos para reforçar o reflorestamento de alguns hectares das cabeceiras, o que contribuirá para o fortalecimento do lençol freático que alimenta as nascentes.

Neste sentido a intenção manifestada pelo prefeito Claudevane Leite abre uma expectativa de que nosso rio não fique dependente tão somente dos investimentos no tratamento dos esgotos, como também no asseguramento dos níveis da própria barragem do Colônia no futuro.

Afinal, imaginar que a barragem do Colônia venha a existir tão só para atender a segurança do abastecimento humano é pensar menos, uma vez que o complexo intermodal tende a ofertar uma dinâmica à industrialização grapiúna que muito dependerá de água.


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