sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Reza

Para não chover
Já ouvimos que índios tem métodos para fazer desabar nuvens em tempo de estiagem. Filmes de faroeste mostraram tambores despertos para intervir nas atribuições que defendemos ser privativas de São Pedro. No desabrido do sertão estiado a comiseração por água se transforma em catarse sustentada em pedras na cabeça, orações e cantos em penitência até que o agradecimento se faça presente.  

Ou seja, ainda que ponhamos em dúvidas o processo, sabemos à sobeja que há instrumentos no seio de diferentes culturas voltados para que a chuva caia. Às vezes a água é tanta que as orações se transformam em penitência para parar de chover.

Neste Brasil da jabuticaba, onde há de tudo, deram de inventar reza para não chover. É o que se depreende de anúncios catastróficos veiculados (ainda que logo depois desmentidos) de que estamos prestes a ingressar no augusto período efeagaciano do racionamento de energia por falta de chuva.

Para tal saudosismo não faltam especialistas em entrevistas, membros de alguns partidos políticos quase apopléticos em críticas ao Governo por tamanha incompetência.

Já estávamos cá admirando a inovação nacional quando deu de chover. E deram de ocorrer as inconvenientes precipitações justamente em cabeceiras que alimentam reservatórios de usinas hidroelétricas. E lá vão por água abaixo os sonhos dos rezavam para não chover.

Parece que a reza para fazer chover é mais forte, dirão os que entendem de reza.

De qualquer forma, o Governo Federal agradece e quem lhe faz oposição fica à espera do próximo verão.

Rezando...


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