quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Fugindo

Da cruz
A insistência de Lula e Dilma por uma reforma política através de uma constituinte originária para tal mister encontra óbice na classe política – que o divulga com a força de que dispõe e o instrumento que a sustenta, a mídia – que sobrevive e se alimenta com um sistema que somente a beneficia.

A atual campanha apresenta quão viciados estão os mecanismos da política eleitoral. Mais próxima da degradação. O desrespeito à orientação/decisão partidária nacional perdeu valia desde que a verticalidade das coligações foi lançada no limbo por decisão judicial superior.

O que deveria nortear uma campanha partidária – ou coligação – esvai-se pelo ralo do nonsense. Programas, ideologia e princípios das agremiações nenhum significado passaram a ter. Letra morta.

A situação leva à defesa pura e simples de interesses de um ou outro grupo, quando não especificamente individuais. 

Situação e oposição não se apresentam por ideias e princípios. PMDB apoiado pelo PSDB/DEM e vice e versa. A situação – em nível de partido – é inversa em alguns estados, onde candidatos do PT aliam-se ao PSDB, apoiados por este.

Na Bahia um de seus exemplos mais ilustrativos: o PMDB – histórico aliado do PT nos últimos anos – ainda que tendo Michel Temer na cabeça de chapa da majoritária presidencial como candidato a vice-presidente aliado está à oposição mais radical ao atual governo.

Por esta terra vê-se, ainda, a dimensão dos interesses individuais superando os do partido e suas orientações. Candidato(s) aliados a Aécio Neves nem mesmo dispõe(m) de um retrato seu em suas peças publicitárias. De governador a deputado estadual, todos passaram a fugir de Aécio como o Diabo da cruz.

Anunciada a vinda do candidato do PSDB a Itabuna. Aguardamos para ver como ficarão as placas de publicidade dos diversos aliados. 

Bem possível que Aécio se sinta esquecido.

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