quinta-feira, 24 de maio de 2012

Brincando com coisa séria

Sofista e cínico
Sofismar encontra em nosso tempo a possibilidade de nos remeter a um raciocínio aparentemente válido mas inconclusivo, tendo por objetivo dissimular uma ilusão de verdade. Platão tinha os sofistas na conta de impostores.

O cinismo viveu expoentes como Diógenes de Sínope, pela vocação ao desapego a bens materiais e externos, o que, de tão levado a extremos nos séculos seguintes, tornou-se sinônimo do caráter pejorativo de pessoas sem pudor, indiferentes ao sofrimento alheio.

É comum ao sofista contemporâneo induzir a erro para ganhar a contenda ou discussão assentado em premissas mentirosas. Assim como o cínico de nossa era se debruça no descaramento como conduta (anti)social.

O Ministro das Cidades, diante da constatação de que a maioria das obras concertadas para a Copa de 2014 nem mesmo saiu do papel, cheio de risos e meneios, afirma que não há atrasos, porque – para ele – quando o projeto é bom e bem elaborado o que há é um ganho de tempo.

Daí porque podemos concluir que nesse Brasil da cultura da jabuticaba temos a ímpar conclusão de que atrasar é ganhar tempo.

Pelo cínico sofismar de Sua Excelência, em respeito ao povo e à Nação, sua exoneração é imperativo de governo.

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