terça-feira, 10 de julho de 2012

Corrupção

Não estamos sós
Óbvio para os que dialetizam a realidade que o fator corrupção nunca poderia ser atribuído isoladamente à realidade brasileira. No caso específico desta augusta Terra de Santa Cruz (de onde saiu o primeiro pedido de emprego assim que "descoberta", inserto na famosa e estudada Carta de Caminha ao rei Dom Manuel), a corrupção tem alimentado vezos de moralismo comandado por setores os mais vários da sociedade, capitaneados por parcela considerável da imprensa, mais amparada em objetivos (podemos afirmar) nada recomendáveis.

Ainda que não possamos atribuir qualquer vínculo ao conceito do "complexo de vira-lata", trazido ao universo por Nelson Rodrigues, de que sempre nos sentimos humilhado diante do estrangeiro, fosse o que fosse que fizéssemos, fica-nos a rodrigueana conclusão como antítese do que já ocorre lá fora em sede de imoralidade.

Todo o dito volta-se para recomendar o documentário "Trabalho Interno" (2010), de Charles Ferguson, que nos deixa uma certeza de que "nossa" corrupção é café pequeno perto da de países de primeiro mundo. 

O documentário expõe as vísceras do espúrio relacionamento entre representantes da política, da justiça e do mundo acadêmico capitaneados pelo sistema financeiro, a partir da crise de 2008.

Informações que nem de longe encontramos em nossos jornalões, tampouco no noticiário televisivo da rede aberta.

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