segunda-feira, 23 de julho de 2012

Vitória

Outros caminhos e parcerias
A retomada da gestão plena da Sáude pelo município de Itabuna retira do candidato Azevedo uma de suas estratégias de campanha: a de que a culpa pelo estágio degradante em que se encontrava a saúde pública itabunense decorria de perseguição do Governo do Estado.

No entanto, mais ganha do que perde. Não são somente os recursos. Reforçará o seu discurso pelo viés de que, na visão republicana posta à luz pelas administrações de Lula e Dilma Rousseff, não cabe ao PT o privilégio ou o monopólio da intermediação real e natural de transferências governamentais. Ou seja: com o PT no governo federal todos são iguais e igualmente atendidos, basta que "tenham projetos", argumento que já andou ensaiando. 

No entanto, se quiser beneficiar-se terá que aplicar os recursos ampliados para mostrar que a afirmação anterior era verdade, o que justificava até sua busca por uma intervenção judicial para solucionar o problema.

A Resolução n. 4, consolidando o "Pacto pela Saúde", novo sistema de gestão do SUS, demonstra cabalmente que a ação do Governo Federal está voltada mais para soluções e menos para politizações. Tempos bem diferentes de uns ainda vivos em nossa memória.

Basta, de ora em diante, a renovação anual do TCG (Termo de Compromisso de Gestão), que substitui o anterior processo de habilitação, para que ocorra a transferência de recursos para a Atenção Básica, Média e Alta Complexidade da Assistência, Vigilância em Saúde, Assistência Farmacêutica, Gestão do SUS e Investimentos em Saúde. Em linguagem simples: pactuação direta entre o Município e o Governo Federal.

Por outro lado, para Azevedo, como candidato, está aberto um caminho para ampliar a estratégia da campanha, partindo do mote de que "ele" é também parceiro do Governo Dilma, parceiro da seriedade.

Se o povo acreditará é outra coisa! 

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