terça-feira, 31 de julho de 2012

Jogo sujo

A Globo não perdoa...
A partir do faroeste a que se oferta a Globo como referencial de justiça, o que vimos na edição desta segunda 30 do Jornal Nacional nos remeteu, de imediato, à edição de triste memória realizada em 1989 depois do debate entre Lula e Collor.

Para tristeza vemos que nada mudou na platinada quando há oportunidade de efetivar um golpe, seja ele através de uma bolinha de papel transformada em torpedo - como na campanha de 2010 - ou ativar o ânimo da sociedade na pressão conservadora sobre o STF para que realize um julgamento político em vez de técnico para o denominado “mensalão”.

Nenhuma palavra sobre o “mensalão” do PSDB mineiro, que está a envolver até transferência de recursos pelo mesmo Marcos Valério para o ministro Gilmar Mendes, tampouco o do DEM de Arruda, em Brasília. Sobre esses tem o álibi de que não estão em julgamento. Mas, se houvesse isenção, tratando-se de fatos idênticos em sua origem, caberia registrá-los pelo menos com referência de que virão a julgamento.

...manipula
Há manipulação explícita de fatos reportados à época, destituídos das informações recentes envolvendo o denominado “mensalão”.

Edição voltada para desgastar a imagem de Lula, praticamente vinculando-o aos fatos do processo, em que pese não estar o ex-presidente sendo julgado.

Absurdos postos, como o de incentivar o afastamento do ministro Dias Tófoli, sem qualquer referência à nefanda postura de Gilmar Mendes, que mesmo ferindo o dever funcional, já antecipou voto.

Assim como negar a recente manifestação, unânime, do Tribunal de Contas da União inocentando Marcos Valério quanto à origem dos recursos, à época (que a Globo insiste em tornar presente) considerados de origem pública.

Blindando a Veja
Em outro momento da mesma edição, tratando do escândalo da companheira de Cachoeira tentar subornar um juiz, a edição do JN negou referência a Policarpo Júnior, da Veja, autor, segundo ela, de dados que alimentariam um dossiê contra o juiz.

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