quarta-feira, 11 de julho de 2012

Violência

Tragédia a celebrar
Não fora estarmos tão "habituados" à violência, de tanto ouvirmos sobre ela (não só a que vitima em definitivo como aquela outra, mais sutil e aparentemente "menos danosa", que atinge o patrimônio ou físico humano sem eliminá-lo) e afirmaríamos que vivemos uma realidade de tragédia.

Os números refletem um absurdo. As autoridades tornam-se incapazes diante da elementar função de preveni-la. As razões mais profundas deixam de ser levantadas e permanecem no campo dos discursos, das caminhadas, da superficialidade.

A ausência de políticas públicas concretas, que não saem do papel, faz com que não chegue a ção do Estado ao destinatário e vítima em potencial: a população.

A segurança tende à falência não porque lhe falte o poder do Estado em exercê-la, mas porque interesses privados, lícitos e ilícitos, a ela se sobrepõe.

No instante em que escrevemos já são 93 os assassinatos registrados nos 190 dias deste 2012.

Não será surpresa se aos 28 de julho, quando o município de Itabuna levantará homenagens e faixas pelos 102 anos de emancipação política, tenhamos à disposição o fato de que naquela oportunidade também se  consumou o 102º assassinato do ano. 

O que justifica uma faixa na Avenida Cinquentenário, com direito à caminhada a partir do Jardim do Ó, ponto de partida dos principais eventos na cidade.

Não mais do que uma constatação do que somos e para onde caminhamos. Também o reconhecimento a algo que começa a fazer parte de nossa história.

Um comentário:

  1. Não existe um projeto de segurança pública sendo desenvolvido no estado da Bahia além de ações imediatista com foco midiático.
    O pior nessa história é o papel coadjuvante que as instituições de justiça e segurança tem adotado diante do problema. Cada uma credita a obrigação de resolver o problema a outra.

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