quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Ética e verdade factual

Entre a verdade e a versão
O fato nos pareceu público e notório, tanto que dispensamos citar a fonte. Tratava-se da exoneração do Diretor Administrativo da Câmara Municipal, Moacir Smith Lima. Sobre ela, com todas as letras que nos levaram à indignação, o Políticos do Sul da Bahia registrara (“Itabuna: Moacir Smith Lima foi exonerado da Câmara”), inclusive com foto do exonerado, no sábado 27:

“Em Itabuna o atual presidente da câmara de vereadores, Leléu Rodrigues (DEM), decidiu exonerar na semana passada o diretor da câmara, Moacir Smith Lima”.

“O mesmo é considerado o ‘homem de confiança’ do presidente afastado, Ruy Machado (PTB). Por esse motivo ele foi exonerado e foi colocado no seu lugar uma pessoas (sic) para ser o controlador”.

Nenhuma dúvida, assim o demonstra o texto. O lide não tergiversa, tanta a certeza de quem o redigiu. A ação verbal (foi) é contunde e insofismável: Moacir fora exonerado, por decisão do presidente da atual composição da Casa por ser “considerado ‘homem de confiança’ do presidente afastado, Ruy Machado (PTB)”.

Uma “informação” com todos os elementos necessários a compreendê-la.

Repercussão
Em “Distorções – Entre a competência e a politicagem”, texto publicado neste espaço, na terça 30 e reproduzido, na íntegra, no mesmo dia, no Blog do Ricki, verberamos nossa posição não diretamente ao exercício administrativo da Mesa Diretora, mas à defesa de Moacir como homem, profissional, zeloso com o que faz, ético, honesto e competente.  Afinal, uma reação ao “lugar-comum” no universo da política provinciana, onde cargos de confiança são destinados nem sempre a quem disponha de competência para exercê-los e mais ao famigerado QI (quem indica) ou ao FPC (faz parte da cota).

Na mesma esteira o Pimenta na Muqueca, na edição de quarta 31, em “Ação Política”, textuou que Moacir fora “exonerado do cargo pela ‘Câmara de Suplentes’” e que “a canetada também atingiu a assessora de imprensa, jornalista Maria Antonieta”, expressando seu juízo de valor sobre os fatos nos seguintes termos:

“A medida não é moralizadora, afinal nada há de desabonador contra os profissionais. Trata-se de ação política. Ambos eram até elogiados pelo papel desempenhado profissionalmente desde o ano passado. A nova mesa diretora da Casa assim não entendeu. Exonerou os profissionais por causa dos novos compromissos políticos... Dos novos diretores da mesa, bem entendido””

Outra versão
Não nos surpreenderia Moacir Smith Lima pedir exoneração. Faz parte de seu caráter. Poderia entender não ser correto manter-se em cargo de confiança nomeado por outro. Se não houve no pedido o caráter de irrevogabilidade faltou à Mesa recusar o pedido, até porque, tecnicamente, não se há que falar que o afastamento de Moacir fosse necessário. Entretanto, o texto que subsidiou nossa observação não deixava dúvida em relação ao contrário.

Ontem tomamos conhecimento de que Moacir não foi exonerado pela atual Mesa da Câmara. Pedira exoneração e esta foi aceita.

Outra indignação
Tudo o que ora registramos está fundado em outro viés de indignação: de nos louvarmos e acreditarmos na fonte que falseia os fatos. Em outras palavras, o fato não existiu como expressamente publicado.

O texto editado por João Matheus Feitosa no Políticos do Sul da Bahia no sábado 27 o descredibiliza como editor e autor. Afirmando o que não ocorrera e expondo ilações que não traduzem a realidade põe em cheque a credibilidade do que futuramente venha a publicar.

Afinal, de agora em diante quando lermos um texto no Políticos do Sul da Bahia o faremos com redobrado cuidado. Pode ser mentira ou, simplesmente, redigido sem o devido compromisso com a verdade factual.

Até porque integra a boa informação antes tudo a postura ética, que encontra apoio na verdade dos fatos e não na versão que se queira a eles dar. Sabe Deus o porquê!


2 comentários:

  1. Bom...a muito tempo eu já exclui das mhs leituras politicas o João mathes Feitosa,por não confiar em nada mais que ele escreva,ele perdeu totalmente o senso ético e moral,desde que declarou ser Azevedista e torçer pelo mesmo,fato esse público e notório...mais uma prova de que eu estava ccerta qd até bloqueei ele p/não querer saber as suas noticias pelo facebook.ISOLEMOS esse SR.VENAL!

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  2. Esta é a diferença entre a maioria dos blogs e os sites de jornais / rádios / tvs. Os veículos que são empresas tem uma marca e um nome a zelar, por isso só publicam depois de tudo bem checado. Já a maioria dos blogs chuta a bola do jeito que veio. Geralmente para a arquibancada.

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