quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Evasão escolar

E qualidade de ensino
Dentre os vários pontos de estrangulamento que acometem a educação brasileira – de péssima avaliação quando comparada aos níveis internacionais – a evasão escolar sempre esteve dentre fatores consideráveis. A partir de tal premissa a presença do aluno em sala em pelo menos 75% das aulas seria elemento contributivo para o aprendizado. Em dimensão aritmética não pode haver dúvida, partindo-se do fato elementar de que maior quantitativo de recepção teórico-prática do ofertado em cada aula traduziria maior apreensão da informação por cada aluno presente.

Há anos o Brasil se utiliza de políticas para assegurar/motivar a presença do aluno na escola: do fornecimento de merenda ao recente condicionamento da frequência para a percepção no programa Bolsa Família. (Não é pretensão nesse instante analisar o que falta – e não é pouco – apenas observando experiências bem sucedidas realizadas no país).

O Blog do Planalto destacou, na quarta 15, comentário da Presidente Dilma Rousseff em sua conta no twitter, “que nos meses de outubro e novembro do ano passado 96% dos estudantes da rede pública atendidos pelo Bolsa Família e acompanhados pelos estados e municípios cumpriram a frequência escolar exigida para permanência no programa. Esse índice representa mais de 15,4 milhões de alunos que alcançaram no mínimo 85% de frequência, no caso dos estudantes de 6 a 15 anos, e 75% para os de 16 e 17 anos”, onde destacados “Os alunos do Norte e do Nordeste” como “os que apresentaram maior índice de cumprimento da frequência escolar em 2013 – 97,7% e 97,5% respectivamente. Em seguida, vêm as regiões Centro-Oeste (96,3%), Sul (93,2%) e Sudeste (92,7%). Os cinco estados campeões da frequência escolar foram Amapá (99%), Maranhão (98,6%), Piauí (98,5%), Acre (98,4%) e Alagoas (98,1%)”.

O otimismo da Presidente leva-a a outra consideração: Aprovação dos alunos do Bolsa Família tem sido superior à média registrada por alunos da rede pública não atendidos pelo programa”.

Tudo o aqui dito está voltado para reconhecimento e conclusão de que a melhora dos índices de avaliação da educação brasileira não mais depende da frequência como paradigma absoluto. Pelo menos recentemente.

Portanto, para compreendermos as razões da baixa qualidade repercutida pelo ensino no Brasil necessário debruçar sobre o que de muita água existe embaixo da ponte pedindo atenção e repensamento: estrutura física, oferta de equipamentos, outras carreiras inseridas nos planos de carreira (psicólogos, assistentes sociais etc.), conteúdos e grade curricular, programas e projetos de valorização e reconhecimento das identidades culturais regionais (naturalmente acompanhados em nível de conteúdos), regionalização da elaboração e da edição do livro didático (hoje submissos ao eixo Rio-São Paulo) etc.


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