sexta-feira, 20 de junho de 2014

Analisando

O perfil
Não nos debruçamos sobre detalhes da recente pesquisa CNI-Ibope, aqueles que explicam que a coisa não é bem aquela que querem fazer crer que dizem. Pincelando a rede localizamos interessante análise de Sérgio Saraiva em http://jornalggn.com.br/blog/sergio-saraiva/quem-e-o-eleitor-da-pesquisa-cni-ibope que, em parte, disponibilizamos ao leitor, caso não queira acessar a íntegra. 

"Quem é o eleitor que respondeu a pesquisa CNI-IBOPE, de que informação dispunha e o que ele pensava no momento da resposta?  Esses dados estão disponíveis na própria pesquisa e podem ser importantes para avaliar o resultado.

Ele é do sudeste/sul (59%), mora em cidades do interior (55%), de médias a grandes (59%) e não é da periferia, possui escolaridade de nível médio e superior (59%) e se interessa pouco pela eleição (54%).

Para saber se ele é conservador e niilista basta recordar o que sabemos desse perfil de eleitor.
De que informação ele dispunha para tomar decisão?
Uma informação essencialmente negativa sobre o Governo Federal; 46% tinham essa opinião do noticiário que recebiam a respeito do Governo e apenas 11% consideraram o noticiário favorável.  
Basicamente, esse eleitor tinha informações sobre manifestações, greves, corrupção, gastos com a Copa do Mundo, CPI da Petrobras, além, obviamente da própria Copa do Mundo. E a Copa do Mundo em si não era o assunto mais lembrado; esse era as notícias sobre as manifestações e as  greves.
E o que ele estaria pensando no momento em que respondeu a pesquisa?
É um eleitor essencialmente pessimista.
Desaprova as ações do governo em relação à saúde (78%), em relação aos impostos (77%), em relação à segurança pública (75%), em relação à inflação (71%), em relação aos juros (70%) e em relação à educação (67%). E aqui não há nenhuma novidade, nem tal desaprovação é específica ao governo Dilma; esse eleitor sempre foi assim. Já que a série apresenta dados a partir do 1º trimestre de 2011, onde esse posicionamento do eleitor já estava presente. Cedo demais, portanto, para ser considerado algo que seja inerente ao Governo Dilma ou que se iniciou a partir dele."
Conclusão nossa: ainda que a turma tenha sido escolhida a dedo (inclusive isolando as periferias e concentrando a amostra no Sul e Sudeste, onde Dilma tem pior desempenho) a pesquisa mostra a cara da realidade. 

Nada boa para a oposição.

E nem é preciso modificar o perfil dos pesquisados, tampouco inverter as regiões alcançadas pela amostragem.

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