domingo, 1 de junho de 2014

Destaques

DE RODAPÉS E DE ACHADOS
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Chamaram o FBI
A considerar o sítio aberto pelo FBI no dia 22 de maio para cadastrar vítimas do Telexfree a falcatrua tornou-se crime federal no Estados Unidos. O objetivo do cadastramento – inclusive para brasileiros – é abrir um canal para possível ressarcimento de prejuízos para os que se envolveram com a pirâmide (que muitos insistem em não ser).

Residentes no Brasil, onde o negócio atraiu 1 milhão de pessoas, também podem preencher o formulário, disponível em português.” através do “Victim Assistence”, como divulgado pelo Portal iG.

Tem gente no Brasil fugindo do cadastramento. Por temer entrar no rol dos espionados pelo governo dos EUA.


Não olha para o próprio rabo
Há dias o governo estadunidense acusou, formalmente, militares chineses de espionagem eletrônica, voltada para ‘roubo de informações industriais’ de empresas dos EUA.

Sabemos que Tio Sam invade países, derruba governos. Tudo para proteger seus cidadãos (semântica para interesses de suas emrpesas). No caso da China fica difícil torná-la um Iraque, uma Líbia, uma Síria, uma América latina dos anos 60 e 70 etc.

John Carlin – diretor do FBI – saiu-se com essa pérola, em defesa dos valores da democracia e da autodeterminação dos povos (para os outros): “que fique claro, que essa conduta é criminal e que não é a que se espera de uma nação responsável e nem que seja tolerada pela econômica global” e que – acrescenta este primor de cinismo – os EUA “não exercem atividades de espionagem em benefício de suas empresas”.

Aguardamos que a autoridade explique o porquê de seu país haver espionado a Petrobras, governo brasileiro e cidadãos por este mundão de Deus, através da Nacional Security Agency-NSA.

Na falta de Índio...
Dia desses a inusitada campanha presidencial se viu apoiada pelo inususitado: Jair Bolsonaro – uma das mais expressivas expressões reacionárias do país – se dispôs a ser vice de Aécio Neves.

Não sabemos da reação do mineiro. Tampouco se enfrentou mineiramente o fato.

Certo é que – caso haja dificuldade para encontrar alguém que aceite dele ser vice, como agrura igual viveu José Serra em 2010 – na falta de um Índio sobra um Bolsonaro.

PIB realista
A Itália incluirá prostituição, tráfico de drogas e contrabando de cigarros e álcool no cálculo do PIB, a partir de 2015, visando melhorar os números de sua economia. É o que anuncia o seu Instituto Nacional de Estatísticas. (O Globo).

A ‘economia do crime’, em 2012, ficou estimada em torno de 10,9% do PIB e a Eurostat (Instituto de Estatística da União Européia) projeta um impacto entre 1% a 2% no PIB italiano. De realçar que outros países europeus – Finlândia, Suécia, Áustria, Reino Unido e Holanda – já aderiram ao sistema, com aumento médio de 2,4% no PIB.

A crise européia levou à derrubada da hipocrisia. Afinal, o dinheiro ilícito circula – inclusive através do sistema financeiro – sem que qualquer país tenha se interessado em coibir o processo, gera emprego e renda. Integrado está à economia real.

Em nível de Brasil bem que poderíamos aderir ao que o ‘primeiro mundo’ descobriu. Com a virtude de tomarmos a iniciativa de lançar no PIB brasileiro os 500 bilhões de reais da sonegação fiscal e os 300 bi da corrupção.

Não fora o fato de inovarmos em nível mundial, teríamos praticamente um acréscimo em torno de ¼ à riqueza produzida no país atualmente.



Utilidade pública
Ainda este ano ingressarão na rede números envolvendo os clássicos financiadores de campanha, visando "tornar  acessível aos movimentos sociais e a todos os eleitores interessados as informações sobre como, quanto e quem financia campanhas políticas no Brasil". 

Trata-se de louvável iniciativa, através do sítio "Donos do Congresso" (www.donosdocongresso.com.br) já em fase de lançamento, que "pretende se tornar uma referência na pesquisa de informações eleitorais". 

“Assim conseguimos ver melhor quem financiou esta ou aquela campanha e com isto ter uma visão mais clara de com quais interesses este ou aquele candidato está comprometido”, explica Dão Real, um dos coordenadores do site. 
Vemos uma excelente oportunidade de o eleitor  em dimensão lúdica  acompanhar o jogo eleitoral para entender o porquê da atuação de deputados como Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e de baianos de coturno em busca de manter ou pleitear vaga na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados.


Marcação cerrada
No vale-tudo da campanha eleitoral o ‘não vai ter Copa’ enfrenta o inexorável: vai ter Copa. Despencado o argumento, cumpre macular a Copa, assombrar o turista. Se possível evitar que venha ao Brasil.

Na luta para que isso aconteça até o aedis aegypti tornou-se aliado. Pelo menos no estádio Mané Garricha. Que descobriram como verdadeira bomba-relógio. Foram encontrados focos nos buracos onde se encaixam as traves do gol, no campo e canaletas de escoamento do gramado.

Como posto parece que estamos em clima de epidemia de cólera em tempos de Idade Média. Como se o turista ou jogador que estiver por lá se apresentando sairá, em coma irreversível, para o hospital.

Quando errar não é humano
Quem com porcos se mistura farelos come – tradição oral aprendida de vó Tormeza. O Governo, no quesito Copa do Mundo vai pagando por erros que não poderia deixar de cometer, como de depender da CBF/FIFA. 

Afinal, o controle do futebol pelas entidades civis leva-as a poder tal que nem mesmo aceitam intervenção judicial em temas que entendem apenas lhes dizem respeito, para não utilizarmos de outras prerrogativas. Agem como ‘donas’ do pedaço. Ou melhor, do esporte. Aqui e no mundo inteiro.

Mas pagar por trazer Ronaldo foi demais! Erram eles, a campanha 'do contra' transfere para Dilma.

O tempo dirá
Alguém na rede (a redação Tribuna da Imprensa on line) dele disse: "Joaquim Barbosa é um ídolo com pés de barro. Amarelou, não aceitou a candidatura, decepcionou grande número de brasileiros que confiavam nele.”

Erra o observador num ponto: fizeram dele um ídolo, enquanto podia ser útil. De barro sempre teve os pés, desde o instante em que optou por mostrar-se carrasco e carcereiro e não juiz. (Leia, ou releia, o leitor, neste blog "Fugiu da raia).

Certo é mesmo esperou terminar o mandato – sofrível – de presidente do STF.

Triste fim de Joaquim Barbosa. Ainda bem que não o de Policarpo Quaresma.
"Os dois personagens se parecem. São dados à rompantes e atitudes autoritárias", comentou presidente da OAB-RJ, Felipe de Santa Cruz


Ainda bem que Arraes está morto
Eduardo Campos, mimada expressão presidenciável, cantado e decantado como novidade para 2014 parece caminhar para o brejo. Não o imediato – a eleição que se aproxima – mas o mediato: a de 2018, justificativa que o levou a ‘trair’ alianças para manter posição e tornar-se conhecido. Os problemas que anda criando variam da negação a princípios que deveriam norteá-lo a questionáveis ações de campanha.

Ninguém precisará lembrar que Eduardo Campos andou envolvido – não sabemos como andam as ações judiciais, se é que foram intentadas – no escândalo dos precatórios, ao lado de Celso Pitta e quejandos.

Apesar de novo – podendo dispor de tempo para consumar sua ambição – parece estar picado pela mosca azul. Enfrenta problemas internos com Marina Silva, que demonstra mais atenção em relação a certos ‘envolvimentos’ de Eduardo, e tem apelado para tudo.

Suas declarações sobre a lei de anistia lança o avô no rol dos 'criminosos'. Os ossos de Miguel Arraes estão a se revolver no túmulo.

Eduardo Campos joga fora, aos poucos, a biografia que construía.

Deu na Tribuna da Imprensa on line
Celso Serra
Em sua coluna, publicada em diversos jornais, Cláudio Humberto fez a seguinte revelação na segunda-feira:

ONGs FINANCIADORAS
Os índios que saíram às ruas, ontem, começaram a chegar a Brasília domingo, em voos da TAM, e foram instruídos a não revelar quem lhes pagou a viagem. Mas foram ONGs, sobretudo estrangeiras, empenhadas em derrubar a proposta de emenda constitucional 215.
QUESTÃO DE PODER
As ONGs querem derrubar a PEC 215, que atribui ao Congresso a demarcação de terras indígena e quilombola, porque perdem influência e o poder que hoje desfrutam em órgãos do governo federal.

Dizendo muito... dizendo tudo
Charge O Tempo 01/06

Itabuna I
Caiu o forro de uma unidade de saúde recém-reformada. Assim caminha a administração de Claudevane Leite. Assessores de confiança, com títulos e certificados, mas incompetentes. Para não dizer outra coisa.

Itabuna II
Uma tragédia ocupou os noticiários: quatro crianças morreram queimadas em barraco de periferia. Como sói acontecer, a mãe os deixara dormindo iluminados por uma vela, que terminou por incendiar o barraco.

É a tragédia de uma sociedade que não consegue distribuir um pouco do que concentra para muitos que nada têm.

A mesma sociedade que distribui oportunidades do Minha Casa, Minha Vida para alguns que dele não precisam, mas que tiveram o privilégio de serem amigos de quem os cadastra.

A mesma sociedade que fecha ruas e as entrega para construções privadas, ou mesmo tolhe o tráfego de pessoas em benefício de quem não precisa.

E ainda se clama por Paz!

Homenagem
Aos que saem. Mesmo que antes do tempo. De A. C. Carlos Jobim e Dolores Duran, interpretada por João Gilberto, "Se é por falta de adeus".
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