domingo, 20 de julho de 2014

Destaques

DE RODAPÉS E DE ACHADOS
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Nova ordem mundial
Os Acordos de Bretton Wodds, pautados em julho de 1944, definiram as regras comerciais e financeiras para o pós guerra. Nasceram ali o FMI, o BIRD (desdobrado também no Banco Mundial), tornados operacionais a partir de 1946 depois de ratificados os acordos por um número considerável de países. 

Há 70 anos nascia uma nova ordem mundial, que se manteve praticamente única no curso destes anos todos, onde pesa a presença dos Estados Unidos.

Recentemente, em Fortaleza, a reunião dos BRICS (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul) volta a estabelecer uma nova ordem, ao criar mecanismos de competição ao FMI, BIRD e Banco Mundial.

Nesta outra ordem Rússia e China se destacam – pela forças políticas e econômicas – para ocupar espaço na América Latina, ‘descoberta’ e colonizada pela Europa, onde os EUA mandavam e desmandavam.
 

Enfrentamento
De imediato –  se tomamos o humor da imprensa brasileira – a reação da classe política atrelada ao neoliberalismo ocorreu. Contrária à conquista do atual espírito da diplomacia governamental – atrelada ao multilateralismo – a candidatura de Aécio Neves (Eduardo Campos na vaguidão para encontrar o 'estranho' espaço que negou(?) durante anos) já mostrou a que veio, quando anuncia reformulação do posicionamento brasileiro em relação aos Estados Unidos. Para Aécio EUA são fundamentais para o Brasil, como o eram para FHC.

Esse o grande embate onde forças poderosíssimas trabalharão por trás do palco das eleições: quem defende o Brasil a serviço dos Estados Unidos ou mais soberano e altaneiro em relação ao "grande irmão".


O que surgir contra a candidatura Dilma Rousseff reverberado na imprensa menos está em favor da democracia e mais – muito mais! – em defesa do retorno aos braços estadunidenses. 


A Petrobras – espionada pelos Estados Unidos – continuará sendo a bola da vez. Afinal, seus bilhões de barris de reservas no pré-sal interessam – e muito! – à combalida economia dos Estados Unidos e aos seus controladores.


Antiga ordem I
O noticiário comprometido até o pescoço com a ordem imposta não mostra a realidade que está a ocorrer com o povo palestino, tornado vítima de um típico genocídio perpetrado por Israel, que se materializa permanentemente até a total destruição (pretendida pelo sionismo de Israel) de um povo que vive naquele espaço (que já foi mais amplo) há milênios.

Os que se encontram encastelados no poder em Israel estão mais organizados em seus bunkers, diante da experiência passada. Mas há coisas que somente podemos dimensionar – se quisermos ver – através de livros ou mesmo do cinema. 

Em Ascensão e Queda do III Reich, de William Shirer, uma das causas da reação da população que levou à vitória do partido nazista decorreu das pesadas sanções impostas pelo Tratado de Versalhes (1919) para a dívida da guerra (em favor dos vencedores) que recaiu não sobre os dirigentes, mas sobre o povo. Pasme o leitor: um dólar equivalia a UM TRILHÃO de marcos alemães ao tempo em que Hitler chegava à Chancelaria, em 1933.

Em O Ovo da Serpente, o diretor Ingmar Bergman transita pela mesma vertente ao mostrar cenas dantescas de gente matando cavalo de carroça numa rua para sobreviver enquanto uma elite se esbaldava em salão de festas em frente.

A miséria que campeia neste mundo se deve em muito – ainda que não exclusivamente – à concentração de renda. Como entender a migração centroamericana para os Estados Unidos (que a rejeita) enquanto trilhões de dólares são gastos para manter a indústria da guerra?

Antiga ordem II
Caso o leitor se debruce para analisar os cordeis que manipulam a concentração da riqueza e a indústria da guerra pode encontrar similitudes ao que ocorria na Alemanha nos anos 20 e 30 do século XX.

Descobrirá então a razão por que de os grupos que controlam a mídia afastarem do palco do genocídio palestino quem mostra a verdade, como aconteceu com Ayman Mohyeldin, correspondente da CBN, o jornalista que presenciou e divulgou as mortes de Ismail, Zakaria, Ahed e Mohamed, os quatro meninos, de idades entre 9 e 11 anos, caçados por radar e finalmente atingidos pelos mísseis de Israel quando brincavam em um praia de Gaza.

Tamanho absurdo é escondido de nosso noticiário, que exibe Israel apenas como vítima – eterna vítima – enquanto pratica crimes contra a humanidade. Mas, por controlar a ‘antiga ordem’ mantém o domínio sobre a riqueza e a indústria da guerra.

Não sabemos se a ‘nova ordem’ encontrará meios para reduzir tamanha tragédia.

A quem serve a OAB
Tida como uma conquista do advogado e do Ministério Público o denominado ‘quinto constitucional’ implica em que a cada cinco indicações para tribunais integrem a relação encaminhada ao Poder Executivo (quem nomeia) uma lista de advogados ou de promotores, dentre os que demonstrem ilibada moral e notável saber jurídico, donde um – o quinto – será escolhido. Ou seja, 20% da composição dos tribunais é preenchida por um advogado ou um promotor.

Particularmente somos contrário ao quinto constitucional (art. 94 da CF). A cada instante mais se sedimenta em nós razão para a rejeição. A boa intenção (arejar o judiciário) vai tomando rumos de escândalo.

O mais recente (já alertado neste blog): o ministro Luiz Fux  aquele do "eu mato no peito", "a verdade é uma quimera", "o exame da OAB está a caminho da inconstitucionalidade" – acaba de protagonizar a consumação do quanto espúrio se torna o preenchimento de vaga em tribunais pelo quinto constitucional.

Conseguiu Fux – que declarou haver cabalado votos para sua indicação ao STF, utilizando-se de expedientes nada éticos – emplacar sua filha encabeçando a lista do quinto para advogados para ocupar vaga de desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

A sumidade tem 32 anos de idade, não possui nenhuma obra jurídica relevante, experiência apenas de poucos anos de advocacia  'Deus sabe como!". 

Certamente o pai 'matou no peito' e centrou para a filha.

Com apoio da OAB-RJ que a colocou no topo da lista. Talvez em agradecimento pelo voto de Fux em defesa do inconstitucional Exame da Ordem, que ele entendeu 'a caminho da inconstitucionalidade' mas legitimou.


Olimpíadas
Há poucos meses o presidente do Comitê Olímpico Internacional levantava dúvidas quanto a capacidade de o Brasil realizar as Olimpíadas. 

A organização da Copa do Mundo fê-lo mudar de ideia. Pelo menos por enquanto.

Depois de um encontro com a presidente Dilma Rousseff Thomas Bach afirmou: “Visitamos ontem algumas estruturas e a vila olímpica, que era o coração dos jogos, é fantástica”.

O governo do Brasil se impôs perante as organizações estrangeiras que o criticavam (FIFA e COI). 

Falta convencer a imprensa local.


Manipulação escancarada I
O Datafolha eleva aos píncaros a votação dos denominados nanicos a 8% distribuídos entre Pastor Everaldo (3%) e os demais (1% cada um).

Imagine o leitor se houver a manipulação destes cerca de 11 milhões de votos no resultado final pela urna eletrônica (sem resultado impresso, impossível de conferir) em favor de um candidato (preferencialmente Aécio neves). (Ver postagem deste sábado, "Permanecemos no front").

Depois chamam aos que duvidam de loucos ou conspiradores.


Manipulação escancarada II
Dificilmente o (e)leitor em geral vai perceber a manipulação. Reproduzida em jornais televisivos do sistema como ‘avanço’ da candidatura Aécio Neves.

Mas, não custa duvidar!

Duvidar nada custa I
Quando fatos se expressam devem ser levados em conta. Para tanto, trabalhar com os elementos que os compõe. Especialmente se contradições apresentam.

Assim observamos a condução de pesquisas eleitorais em parcela considerável de institutos que as realizam. A última disponível, do Datafolha, alimenta a dúvida e se aproxima da demonstração cabal da falta de credibilidade em relação ao propósito (amostrar a realidade num determinado instante) e de evidenciar o compromisso como aliado político deste ou daquele candidato.

Para compreender onde embasamos nosso observar, atente o leitor para os dados abaixo, relativos ao primeiro turno da presidencial de 2010:
candidatos% válidosvotos
<Foto>

Dilma - 13 


PT - PARA O BRASIL SEGUIR MUDANDO

46,91%47.651.434
<Foto>

José Serra - 45 


PSDB - O Brasil Pode Mais

32,61%33.132.283
<Foto>

Marina Silva - 43

PV - Partido Verde
19,33%19.636.359
<Foto>

Plínio - 50

PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
0,87%886.816
<Foto>

Eymael - 27

PSDC - Partido Social Democrata Cristão
0,09%89.350
<Foto>

Zé Maria - 16

PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
0,08%84.609
<Foto>

Levy Fidelix - 28

PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
0,06%57.960
<Foto>

Ivan Pinheiro - 21

PCB - Partido Comunista Brasileiro
0,04%39.136
<Foto>

Rui Costa Pimenta - 29

PCO - Partido da Causa Operária
0,01%12.206

























Apenas para ilustrar em torno de nossa linha de pensamento: o candidato Rui Costa obteve 12.206 votos (0,01%), Zé Maria 84.609 (0,08%), Eymael 89.350 (0,09%). Tudo isso depois da campanha no rádio e televisão.

Agora, observemos a última Datafolha:



Considerando alguns dados trazidos vemos que  sem qualquer propaganda eleitoral  candidatos conhecidos e pouco conhecidos, dentre os denominados 'nanicos', alcançam, cada um, o percentual de 1%. 

Entendido cada ponto percentual correspondendo a 1.4 milhão votos (eleitorado de 140 milhões de eleitores) o candidato Rui Costa, que obteve 12.206 votos (0,01%) em 2010 já dispõe de 1,4 milhão (1,0%), assim como Zé Maria, que salta dos 84.609 (0,08%) para 1,4 milhão (1,0%) e Eymael, dos seus 89.350 (0,09%) também para 1,4 milhão (1,0%)

Tudo antes de iniciada a campanha. O que remete a compreender, pelo Datafolha, que ocorre um aumento estranho no total de votos dos 'nanicos', que totalizaram em torno de 1,1 milhão em 2010 (incluindo os 888.816 de Plínio de Arruda Sampaio, o equivalente a 0,87%) e saltam, ainda em julho de 2014, para 11,2 milhões de votos, considerando o total de 8% a eles atribuídos (o que inclui os 3% do Pastor Everaldo).

Duvidar nada custa II
Não bastasse a estranha descoberta do eleitorado em relação aos 'nanicos', a conclusão da pesquisa em relação ao segundo turno mais espanta diante de outro aspecto: o candidato Aécio Neves, que no primeiro turno alcançaria 20% das intenções de voto, salta para o equivalente a 100%, ou seja, dobra a votação, para chegar a 40% no segundo turno, enquanto a candidata Dilma Rousseff conseguiria apenas insignificantes 8%.

Outro dado, no que diz respeito ao segundo turno, é a mobilidade dos percentuais: Dilma Rousseff cai em descendente constante (de 54% para 44%) ao passo que Aécio Neves em ascendência permanente (de 27% para 40%).

Duvidar nada custa III
Outro detalhe: considerando os levantamentos do Datafolha entre fevereiro e julho de 2014 o candidato Aécio Neves saiu de 16% e não ultrapassa os 20%, alcançados em maio e mantidos em junho e julho.

Com toda a exposição o tucano não avança (até agora) além dos 20%. Entretanto consegue a proeza de reunir praticamente quase toda a votação dos adversários, que para ele converge segundo o Datafolha. Inclusive daquela singular votação dos 'nanicos' que já alcança 11,2 milhões de votos.

Afastado o vidente Carlinhos de Apucarana fica difícil entender os números. Que chegam à conclusão singular de fazer um candidato dobrar a intenção de votos de um turno para outro e ficar dentro da margem de erro, empatando tecnicamente com quem detém, no primeiro turno, uma diferença de 16% pontos.

A não ser que os dados do Datafolha estejam se originando de Carlinhos de Apucarana há um cheiro estranho no ar.

Averiguar não custa
O jornal Folha de São Paulo estampou o que considera irregularidades: Aécio Neves, como governante, teria beneficiado um tio avô.

O jornal pode estar enganado (certamente Aécio já desmentiu o fato) mas não custa averiguar.


Em busca de uma razão
Carta Aberta subscrita por entidades alerta em torno dos riscos causados pela liberação da substância Bemzoato da Ememectina para combate de lagarta em lavouras de soja e de algodão pelo governo da Bahia. (Do IHU, no GGN).

A denúncia se torna mais agravada quando registra o fato de que a substância nem mesmo foi liberada pelo órgão competente do Governo Federal.

A ANVISA, desde 2007, indeferiu o pedido de registro fundada no fato de que  “A substância demonstra um perfil toxicológico bastante desfavorável, tanto do ponto de vista agudo como crônico. Particularmente, os efeitos neurotóxicos são tão marcantes e severos que as respostas de curto e longo prazos se confundem. Incertezas no que diz respeito aos possíveis efeitos teratogênicos e as certezas dos efeitos deletérios demonstrados nos estudos com animais corroboram de forma decisiva para que não se exponha a população a este produto, seja nas lavouras ou pelo consumo dos alimentos”. 

E concluiu a Anvisa: “O produto técnico ora em pleito é considerado impeditivo de registro, do ponto de vista da saúde humana”.

Não bastasse o INEMA e a própria Secretaria de Saúde se posicionaram contrariamente ao uso.

A questionada liberação pelo governo baiano, se levanta dúvidas, mais agravada fica por se dar em ano eleitoral: ou quer agradar produtores ou o laboratório Syngenta.

De uma forma ou de outra parece pretender levar vantagem.

Itabuna
Alguma coisa em andamento. Dia da Cidade à vista. Aguardar pelos desdobramentos.

Pagode
Entre o que a FIFA registrou para que liberado o fosse somente com sua autorização a expressão 'pagode'.

Certamente não o tradicional, imortalizado na viola de Tião Carreiro, homenageado por Mayck e Lyan, uma dupla sertaneja muito jovem mas que, além da qualidade, tem um violeiro com muitas horas de estrada. Que podem ficar curtas para ele(s).

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