sábado, 12 de julho de 2014

O mundo

Não acabou
Por onde temos andado nos possibilita a conclusão de que o brasileiro está muito mais amadurecido em relação ao futebol. Parece-nos que estamos compreendendo que o esporte (qualquer esporte) deve existir nos limites do que expressa na competição de que participa.

E, mais que isso, a competição é, em si, o definidor da expressão do esporte. Sendo disputa alguém tem de vencer já que não se alcança vitória através da igualdade numérica no resultado.

Vemos  o que é altamente positivo  uma maioria consciente a partir do que viu. E não do que ouviu. Esse aspecto é a demonstração do amadurecimento a que nos referimos na abertura do texto. 

O ufanismo de algumas expressões da radiodifusão contemporânea não mais convence. Pouco estão influindo os arroubos gargânticos, que mais se aproximam daquelas turmas "do gargarejo" em programas de auditório. 

O que assistimos viabiliza a nossa formação de opinião. E essa opinião não mais é aquela estereotipada de que cada brasileiro é um técnico. É, sim, o opinativo expressado e sustentado em análise. Que pode ou não convencer. Mas é análise centrada na observação vivida.

A maturidade nos leva a compreender que não estamos sós no universo de cada esporte. Que o futebol  antes erigido a panteão da pátria e durante décadas assim tratado  também foi aprendido (inclusive ensinado por brasileiros) e o aprendiz começa a superar o mestre. Até que este retome a consciência de que precisa continuar a estudar sob pena de manter-se superado.

No instante em que escrevemos  manhã deste sábado  fica-nos a certeza de que o amadurecimento do torcedor brasileiro (ressalvadas as exceções naturais) leva-o à racionalidade para compreender que o futebol apresentado pelo Brasil nesta Copa do Mundo até mesmo superou a lógica do que vimos. E qualquer resultado deixa-o no patamar do merecimento.

O resto é a busca pela reformulação que carecemos. Uma luta muito mais árdua que organizar uma Copa do Mundo ou convocar, treinar e exibir a seleção nacional.

Fundamentalmente o mundo não acabou. Precisamos apenas dotar a bola de futebol do Brasil da coloração que estamos dispensando. 

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