Das vaias
A presidente Dilma Rousseff encontrou resistência de parcela de prefeitos presentes no auditório (aqueles que conseguiram) da XVI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. Utilizamos a palavra "resistência" como eufemismo para vaias.
Ainda que anunciando a liberação de mais 600 milhões anuais para a atenção básica, 3 bilhões do Fundo de Participação dos Municípios, em duas parcelas, a construção de 6.000 postos de saúde, 225 UPAs (Unidades de Pronto Atendimento e 2.000 creches, não encontrou consenso.
Ficamos a imaginar o que fazem muitos dos prefeitos com os recursos recebidos.
Em Itabuna, por exemplo, rolam profundas suspeitas em relação à administração dos recursos da saúde, diante da tentativa de manipulação para (re)composição do Conselho Municipal de Saúde.
Claro que, no caso específico, não pode ser atribuída diretamente ao prefeito a confusão. Peca por omissão. Mas como explicar o que vai fazer o gestor da saúde local com o dinheiro recebido, gerido sob o condão de uma "caixa preta" administrada por um parente?
Afinal, mais parece que o problema central é menos de recursos e mais de gestão. Ou, de transparência na gestão.
Ai provavelmente as razões para vaiar a Presidente da República. A busca por mais recursos do Governo Federal para serem administrados sem nenhuma transparência.
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