Mais Médicos
Eleva-se a 2.552 o número de municípios inscritos no Programa Mais Médicos (867, no Nordeste; 652, no Sudeste; 620, no Sul, 207, no Norte e 206 no Centro-Oeste), o que corresponde a 46% dos municípios brasileiros, conforme divulgado pela Agência Brasil.
Enquanto a realidade clama em consonância com o Governo Federal parcela da classe médica protesta.
Diante do número de municípios pedindo "mais médicos" - que exigirá muito mais profissionais, uma vez que não bastará para cada um deles uma unidade profissional - e se tratando de uma circunstância imediata gostaríamos de ouvir dos "senhores de branco" que protestam qual a resposta que oferecem ao clamor da população.
Utilizando o método atual, tende a classe médica a angariar antipatia da população menos favorecida, que deixará de compreender as carências efetivas, embutidas nos protestos (mais recursos etc.), para vê-la como preenhe de "inimigos do povo".
Uma amostra está na forma como reagiu Maria José Pinheiro, da ONG Mães Precoces Fragilizadas, diante do protesto de médicos: "É revoltante ver o protesto contra um Governo humanitário, que está tentando resolver o problema da falta de médicos". E foi mais incisiva: "Os médicos estão lavando as ruas de sangue em vez de ajudar e buscar atitudes para ajudar jovens e crianças" depois de jogar na cara dos manifestantes, entre lágrimas: "Não é protesto, é baixaria. Não é justo vocês ficarem agitando, desqualificando o programa do governo".
O número de municípios até agora inscritos no Programa Mais Médicos dá razão às 'Marias" e vai tirando dos médicos o justo argumento envolto no pedido de mais recursos para a Saúde que, reconheça-se, está na pauta do Governo.
Mais municípios para o Mais Médicos embute outra contradição para os que são contra o programa do Governo: dispõe o Brasil de profissionais para atender a carência imediata de profissionais?
Caso negativa a resposta a classe médica que protesta precisa justificar, e convencer, porque é contra a vinda de profissionais estrangeiros.
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