De cágado
O advogado tem sido servido regularmente de notificação eletrônico-judicial sobre determinado processo, por ele subscrito e ajuizado em 1996, ora redistribuído eletronicamente em sede do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, como afirma a cuidadosa informação recebida.
Não fora a memória ainda respondendo às sinapses cerebrais buscaria em seus arquivos individuais o que o matusalém exige dele.
A regressão o leva ao ajuizamento de uma execução amparada em título judicial em tempos ainda mais pretéritos, 1988. Depois de discutida a fraude à execução, trazido o bem à garantia do juízo, adjudicado este pelo credor e regularmente alienado pende ainda nos escaninhos do Tribunal de Justiça, aguardando apreciação de uma de suas Colendas Turmas, o insepulto .
Porque sepultado já o foi o executado, há mais de uma década. Que subiu ao Pai Eterno livre do peso do processo, o que poderia prejudicar seu ingresso na corte celestial.
Já o mesmo advogado aguarda decisão definitiva em processo de interesse pessoal (portanto por ele ajuizado em defesa de seu próprio patrimônio), desde janeiro deste 2013. Ajuizado eletronicamente - a moda que retira da parte mais ainda o contato com serventuários e juízes (aqueles respeitam o exercício da decantada advocacia).
Caminha aquele que transita pela rede a passos de cágado. Como o quelônio pode viver mais de um século sabe o advogado que morrerá bem antes de ver resposta do Estado, buscado - por exigência da Lei - para intermediar o conflito.
Tudo para que ele não o fizesse na mão grande ou convocasse um competente cigano para resolver o problema.
Que, por sinal, tem demonstrado mais celeridade na solução de conflitos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário