Não ofende
O Trombone veicula reação contra o Programa Mais Médicos de parcela da classe médica itabunense (afirmamos parcela porque não nos cabe generalizar, até que todos assumam posição), exibindo foto de próceres, engrossando a defesa da saúde brasileira atual, no que diga respeito à atuação profissional.
O Pimenta na Muqueca relata protesto de moradores do Jorge Amado, em razão da falta de médicos no posto de saúde bairro.
Os médicos todos são de Itabuna; os moradores, também.
Caso aproveitemos a reação dos senhores médicos, contra o programa do Governo Federal, e o protesto dos moradores do Jorge Amado, deixa entrever que ambos (médicos e moradores) não residem no mesmo município e cidade.
Os médicos não esquecem do que lhes interessa; os moradores é que se esqueceram do que interessa aos médicos.
Cremos, à guisa de exemplo, que o Posto Médico do Jorge Amado não tem como assegurar a boa saúde - financeira - de muitos homens de branco.
Não fora isso, civicamente estariam atendendo nos postos e cobrando nos muitos jantares dos quais participam os recursos que faltam à saúde da periferia.
Certamente uma gripe, ou coisas tais, não dependem de complexidades laboratoriais para serem diagnosticadas. E sim, de médicos atendendo.
Razão por que, considerando o posicionamento dos senhores médicos e a ausência de um mísero profissional no Jorge Amado, perguntar não ofende: algum deles (os que protestam) atende em algum posto médico de Itabuna?
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