Não dispensa oportunidade
A revista Carta Capital, que chega às bancas neste final de semana, traz denúncia contra gente grande do Ministério Público estadual (do Acre) e federal a partir de denúncia do juiz acreano João Bosco Soares. Envolvidos dois promotores e cinco procuradores da República. É bombástica a matéria - que envolve políticos, Tribunal de Justiça do Acre, promotores, procuradores da república e parentes de envolvidos - assinada por Leandro Fortes (Procuradores na mira),
Há indícios de desvio de 8 milhões de reais oriundos de acordo celebrado em Termo de Ajustamento de Conduta entre os MPs e a empresa MMX de Eike Batista, em 2007, envolvendo área de mineração de ferro e ouro que o empresário veio a transferir para a inglesa Anglo Ferrous por 5,5 bilhões de dólares graças ao dispêndio de 8 milhões de reais definidos no TAC.
A destacar, segundo a denúncia do juiz (que sofre ameaças e foi alvo de agressão em sua casa, diante da mulher e dos dois filhos menores), que os danos que justificaram o TAC eram objeto de Ações Civis Públicas e ditos acordos não foram levados aos respectivos processos para a devida homologação, tendo o dinheiro transitado por contas várias, incluindo a de um superintendente da Polícia Federal no Acre.
O singular, no entanto, não é a denúncia (que remonta a fatos ocorridos em 2007) e sua divulgação. Mas que por tudo transita o ínclito Roberto Gurgel, ainda Procurador-Geral da República, que arquivou a representação contra membros da PGR e ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade, em 2012, para blindar figuras que seriam alcançadas pela CPI que apurava o caso na Assembleia Legislativa do Acre
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