sábado, 27 de julho de 2013

Hábito

Do cachimbo
Difícil compreender como uma autoridade, com larga experiência administrativa, político de costado, candidato que congregou todas as esperanças de sua gente sofrida e maltrada por duas gestões desastrosas, em tão curto espaço de tempo se torna um exemplo do que pior pode acontecer a uma administrador público. Não pode ser outra a interpretação para a situação ora vivida por Jabes Ribeiro, prefeito de ilhéus.

Temendo agressões de grupos organizados que clamam por uma atuação condizente do prefeito para com as coisas da praieira nem mesmo na sede da prefeitura Jabes Ribeiro tem despachado. Isso quando está em Ilhéus, visto que uma das críticas contra sua atuação reside justamente no abandono da residência local em benefício da de Salvador.

A indagação gira, portanto, em descobrir a razão por que Jabes Ribeiro se encontra nesse fundo de poço.

Uma delas - desconhecemos outras, mas queremos crer que existam - é se encontrar aposentado de uma função: a de professor do Curso de Direito da UESC.

Dirá o leitor o que tem a ver uma coisa com outra. Aparentemente nada. Mas a aposentadoria jabeana é daquelas singulares, pelas circunstâncias em que ocorreu, a partir de uma típica sinecura. Afinal, aposentou-se por tempo de serviço sem prestar serviço algum à unidade uesquiana há mais de vinte anos, tanto que alguns o têm como beneficiário e precursor de uma figura inovadora no jargão da previdência: a aposentadoria por tempo de não-serviço.

E lembrando a sabedoria dos mais antigos, expressada por Tormeza, o hábito do cachimbo põe a boca torta.

O detalhe que azara Jabes Ribeiro é que a prefeitura de Ilhéus não é o Curso de Direito da UESC e o povo ilheense não é o reitor Joaquim Bastos, que assinou a inusitada aposentadoria por tempo de não-serviço.

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