quinta-feira, 18 de julho de 2013

Confirmando

O que interessa
O ex-presidente do Banco Central Chico Lopes, em artigo publicado no jornal Valor - portanto nada de ufanistas a publicação e o autor - aventa a possibilidade de um PIB em 4% para o terceiro trimestre, em dados que serão publicados pelo IBGE, e se baseia em informações levantadas a partir do Índice de Atividade do Banco Central, o IBC-BR. Para o leitor a íntegra em http://www.conversaafiada.com.br/economia/2013/07/17/inflacao-na-meta-e-pib-a-4/ 

Particularmente nos chamou a atenção um jargão originário da denominda psicologia cognitiva, o viés de confirmação (confirmation bias), que, segundo o articulista, estaria alimentando as análises de cadernos de economia e de alguns economistas. Ou seja, para alimentar o que chama "pessimismo obssessivo" trabalha-se sobre um vertente que confirma o que nos interessa, fugindo do contraponto.

Coisa assim como leitura de criacionista. Que foge como o Diabo da cruz de qualquer almanaque que tenha verbete tratando de evolucionismo.

A quem interessa a desinformação?
Considerando o texto acima, parece-nos que algo anda para o lado - como caragueijo em debandada - no âmbito da comunicação do Governo Federal. Caso não se confirme como estratégia, a análise de Chico Lopes, supreende por não ter sido exposta por quaisquer de Suas Excelências encasteladas em funções vinculadas a economia e ao planejamento, não fora especificamente a sua comunicação.

Soa aos ouvidos existir uma campanha de desinformação. A propósito, Jânio de Freitas, na Folha desta quinta 18, com outras palavras e intenções, transita por ela em texto e aproveita para trazer o anedótico de uma proposta saída dos estamentos governamentais, sugerindo aquisição de celulares pelos beneficiários do Bolsa Família, que passariam a se constituir elementos "de qualificação", a fim de que os órgãos encarregados da fiscalização do programa pudessem localizá-los. Íntegra do texto em http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/119446-carapucas-para-brindar.shtml

Não fora o "anedótico" observado por Jânio de Freitas, mais soa-nos como campanha publicitária da indústria de celulares, para arrancar um pedaço de pão da boca das crianças do Bolsa Família. 

Como a desinformação, a "propaganda disfarçada" depõe contra o Governo.

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