quarta-feira, 17 de julho de 2013

Razões

E indagações
Nesta última década ocorreram avanços concretos em benefício do povo. Não somente os programas sociais, que injetam recursos diretamente no bolso de menos favorecidos, transferidos para a atividade econômica levando a queda do índice de desemprego a patamares inéditos no país.

Dados oficias sinalizam para a duplicação do número de universitários, o que significa dizer que parcelas da população alcançaram os cursos de graduação. Considerando que o crescimento ultrapassa o percentual da classe antes dominante no acesso à universidade não é difícil compreender que novas camadas populares chegaram à universidade. Para isso o evidente aumento do número de escolas superiores, predominantemente públicas, a facilidade para o acesso, seja-o através de financiamentos públicos e políticas sociais específicas (cotas), seja-o pela viabilização deste acesso através do ENEM-SISU.

Não fora particularidades como as observadas acima é visível a redução das desigualdades (individuais, sociais e regionais). A inversão do crescimento do fluxo migratório interno, alterando a tradição saída para São Paulo pela saída de São Paulo, onde os nordestinos tinham a paulistana como o el dorado, bem denota que algo ocorreu neste país.

A lógica seria - se há lógica em mobilizações que perdem o controle da pauta e das bandeiras, de um instante para outro, pretendendo mudar tudo de uma só vez - a busca pelo aperfeiçoamento da gestão pública para corresponder aos anseios liderados pelas manifestações de rua.

No entanto, algo singular está ocorrendo, se tomamos por paradigma a avaliação do Governo Federal e da própria Presidente de República à luz das últimas pesquisas. 

Caso aceitemos os números em queda como tradução da situação do país estaríamos a imaginar que todas as universidades criadas e instaladas foram fechadas, que o acesso a elas foi castrado, que os programas sociais foram suspensos e que o desemprego disparou, pelo menos chegando ao nível de 2002 (superior a 12%) e não no atual patamar de 5%.

A contradição entre a realidade e a avaliação poderia também ser observada através da imagem da classe política em geral, onde nela presente estaria a da Presidente da República, gestora recente da continuidade das políticas que beneficiaram a população no período.

Sob esse particular aspecto buscaria o povo a resposta em novo e revolucionário dirigente, que pudesse realizar tudo e imediatamente.

Dos oferecidos, quem?

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