Nada bons
Os sinais vão ficando mais claros: as reações à rede Globo (não afirmamos que o seja a todo o sistema) não mais partem de grupos mais ou menos intelectualizados ou ideologizados. Vão sinalizando um grau de insatisfação tal no seio da população que os profissionais da platinada já encontram dificuldades para o exercício da atividade externa.
Vimos um vídeo onde uma repórter que tentou cobrir os protestos no complexo de favelas da Maré, no Rio de Janeiro (contra a morte de 10 moradores em ação policial) foi recebida/impedida com vaias e palavras de ordem como "a verdade é dura, a rede Globo apoiou a ditadura" e "Globo fascista, sensacionalista". "O povo não é bobo, abaixo a rede Globo" vai se tornando mensagem nacional.
As "façanhas" da platinada vão se tornando de domínio público. A ponto de ser chamada, pelo povo, de sensacionalista. O mesmo povo que alimenta audiências de programas nada recomendáveis.
Mas, um dia é depois do outro. A TV Globo continua a fazer das suas. Como hoje no Jornal da Tarde. Ao noticiar a retirada de pauta do projeto "cura gay" fez questão de afirmar que o seu autor o fazia para que não fosse manipulado pelas ruas.
Os que ouviram o próprio deputado Campos, autor do projeto, em edições televisivas de outras emissoras, sabem que ele próprio o fizera por não encontrar apoio nem de seu próprio partido.
A leitura elementar: o deputado medrou diante das ruas. E por não encontrar nenhum apoio de seu partido: o PSDB.
Que a Globo escondeu em sua edição. Para agradar a oposição.
Os dias não andam nada bons para a Globo. Que insiste em vivê-los perigosamente.
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