segunda-feira, 1 de julho de 2013

Copa

Em reflexão
Inegavelmente - ainda que mantidos alguns defeitos, mais raros neste jogo - o comportamento da seleção brasileira contra a Espanha fez ver que não estamos no fundo do poço em relação a 2014. Dentre os defeitos que vemos, aquela "auto suficiência" de zagueiros trocando passes dentro da área em instante que pede um chutão para longe. As virtudes, no entanto, superaram, em muito, os defeitos, corrigíveis naturalmente.

A alegria contagiou. Coisa que faz - atribuem muitos - o futebol ser um dos elementos que integram o nosso panis et circensis. Sob este aspecto - não só por o entendermos útil, como Lula e seus programas sociais tão condenados pelas elites ora encasteladas na oposição - preferimos o pão. Desde que seja constante, que corresponda à esperança de melhores dias. E, fundamentalmente, que não aliene.

Sonhamos em sediar uma Copa do Mundo há muito. Poucos lembram como criticamos o Governo brassileiro, sob o comando do general Figueiredo, por não a termos trazido em 1986 e o México voltou a sediar um Mundial quando o país originariamente destinatário (não lembramos quem, nesse instante) se disse impossibilitado de fazê-lo.

Cobrávamos uma Copa do Mundo sediada pelo Brasil. Afinal, a última - pelas circunstância de ocorrer no imediato de uma gerra mundial e a Europa arrasada não dispor de condições de realizá-la - aqui estivera em 1950. E nós, país tantas vezes campeão - não fora o mérito de haver participado de todas elas - sofríamos a "perseguição" do não reconhecimento.

De uma hora para outra nos chegam Jogos Panamericanos, Copa do Mundo (que hoje embute a das Confederações) e Olimpíadas. Coincidentemente em período de governante oriundo das camadas populares, o que pareceu negar competência à elite que o antecedera. 

A oportunidade mais foi aproveitada para criticar a realização de tais eventos, tornados a sua não-realização a salvação para as mazelas todas do país, ainda que históricas. 

O futebol trouxe a alegria. Vencemos o atual campeão mundial, querendo completar 30 jogos de invencibilidade em nossos domínios. Mais que a alegria, o civismo de enfrentarmos a regra da FIFA para atender patrocinadores e transmissoras de televisão cantando o Hino Nacional no instante em que diziam para pararmos, que o tempo a ele destinado havia sido ultrapassado.  

As mobilizações de rua permanecem. A Copa continua sendo alvo. Uma copa que todos querem sediar (assim como as Olimpíadas).

Ficamos a imaginar não que a Copa das Confederações não se realizasse. Mas, que não a tivéssemos vencido, dentro de casa. Jogando o futebol que foi jogado.

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