Conflito
Sabido e consabido que a polícia militar, institucionalmente, foi utilizada pelos órgãos de repressão da ditadura militar e tornou-se deles apêndice. Na esteira, todos os vícios decorrentes de tal apropriação.
Nada mais doloroso para um cidadão ver no policial um semelhante, cumprimentá-lo e encontrar como resposta, no mais das vezes, a indiferença (seja-o pela resposta protocolar, seja-o pelo silêncio).
O policial - muitos - parece encontrar na Academia lições de como tratar mal o "outro lado". Arrogância e prepotência norteiam condutas.
Oficiais reconhecem a situação. Não encontram meios de alterar o disciplinamento.
Bala de borracha e gás de pimenta no enfrentamento de manifestações populares é coisa nenhuma. Quem quiser ver de perto o real comportamento acompanhe a atuação de equipes de choque nas periferias e favelas. Por lá não há gás de pimenta, tampouco balas de borracha.
Balas há. De chumbo!
Tanto que não podemos afirmar, nas atuais circunstâncias, que a polícia e a cidadania estão em rota de encontro e se vejam como pares de uma mesma sociedade, onde um protege e o outro é protegido.
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