Os mansos
A imagem que deixa o Papa Francisco é de ternura e mansidão. Como a mostrar que o exemplo é o melhor discurso. Mostra-se afastado da pompa vaticana. Até incomoda a segurança pedindo para se aproximar do povo.
Sua visita ao Brasil, território da Latina América, de onde emergiu a Teoria da Libertação, pode sinalizar, mais que a presença no evento que transita pela juventude mundial, uma retomada de valores cristãos próximos aos dos primeiros seguidores, na primitiva Igreja.
Da comiseração como convocação ao Reino, conflitante com a proposição protestante - que o afirma a partir daqui, possível com a convivência com os bens materiais - a Igreja Católica tem visto na contemporaneidade se aprofundar uma diáspora de fieis que se aproximam, convencidos, de que começar pela terra está mais próximo da realidade celestial.
A imagem que o Francisco papa vai gerando em nosso imaginário pode ultrapassar a simples gestão das coisas materiais do Vaticano e de posturas censuráveis que nortearam últimos papados.
Não sabemos se seu exemplo de conduta realinhará em suas fileiras os muitos desgarrados nas últimas décadas.
Todos o observam. A ternura que expressa já é um avanço significativo.
Que o sigam os mansos de coração.
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