sábado, 18 de outubro de 2014

E por falar

Em telhado de vidro
Sinalizamos no curso dos últimos dias, em postagens, em torno das dificuldades do candidato Aécio Neves debater ideias, razão por que partiu (e está encontrando resposta) por vieses mais próximos de luta-livre.

Já afirmamos que o telhado de vidro do candidato em nada contribuía para o tipo de enfrentamento que ensaiou, em que pese último reduto da 'retórica' de que dispõe.

Sua atuação de 'machão' vai ingressando no campo da percepção do eleitor (especialmente o feminino) ainda que não estivesse tão flagrantemente materializado. Ou seja, não estava exposta a dimensão do 'machão' que bate em mulher'.

Os sinais de virulência machista estavam visíveis ao chamar a Presidente da República de 'mentirosa' sem provar o que dizia; de 'leviana', quando apenas se limitava a apresentar o fato concreto conhecido de muitos.

No primeiro caso (violência física à mulher) passou a estar escancarada. Cabe ao candidato Aécio Neves dizer que é mentira o que colunistas publicaram: de que agrediu fisicamente (derrubando-a no chão) a companheira que com ele estava em evento no Hotel Fasano, em outubro de 2009, ambos protagonizando uma típica "via de fatos" (agressões mútuas, depois que a agredida reagiu ao tapa e ao empurrão, fato veiculado em manchete "Aécio põe namorada a nocaute com murro no meio da festa vip" no jornal 'Hora do Povo' ).

Para melhor compreensão do leitor (especialmente 'eleitora') a matéria veiculada no Conversa Afiada:


"O Conversa Afiada reproduz o incansável Edu:

"POR QUE AÉCIO NEVES NUNCA PROCESSOU JUCA KFOURI

Recebo e-mail de colega da “blogosfera suja” – termo gestado por elucubração de José Serra em 2010, indignado com o contraditório, essa praga que tanto apavora políticos mimados e/ou blindados pela mídia como o ex-governador paulista.


Por, aparentemente, o colega preferir não se envolver diretamente no caso, repassou-me redescoberta de um episódio curioso. Para compreendê-lo melhor, porém, há que voltar ao debate de terça-feira (14) entre Dilma Rousseff e Aécio Neves na TV Bandeirantes.


Aécio começou o debate ostentando um ar debochado e irônico na cara, em claro menosprezo à adversária. Todavia, essa conduta mudaria entre o segundo e o terceiro blocos do programa.


Após ser insultada pelo adversário por perguntá-lo sobre o aeroporto que mandou construir com dinheiro público em uma fazenda de sua família, na abertura do terceiro bloco Dilma formulou outra questão que pareceu desestruturá-lo ainda mais, emocionalmente.


No vídeo abaixo, a pergunta de Dilma a Aécio sobre “violência contra mulheres”.

(Da redação: acesse o link do vídeo do debate na Band no terceiro bloco clicando em https://www.youtube.com/watch?v=8KupVD-5S8Y)


A parcela menos informada sobre política que assistia ao debate da Band por certo não captou o significado oculto na pergunta de Dilma. Aécio não passou recibo verbalmente, apesar de seu semblante ter espelhado a preocupação que a pergunta lhe causou.


Dilma, porém, tinha um objetivo muito claro ao apresentar essa questão ao adversário. Ele acabara de ter uma reação tão furiosa à questão (legítima) sobre o aeroporto que construiu nas terras de sua família com o dinheiro dos mineiros que chegou a dar a impressão de que agrediria a mulher com quem debatia.


A agressão, aliás, até ocorreu, mas, contra Dilma, só ocorreu verbalmente. O mesmo não se pode dizer em relação a outra mulher muito mais próxima do tucano, de acordo com post publicado pelo jornalista Juca Kfouri em seu blog em 2009.


Abaixo, o post do jornalista esportivo em seu blog no UOL.



O desinteresse da grande mídia sobre a denúncia de Juca foi total e condizente com a blindagem que tucanos de alto coturno sempre receberam dessa mídia. Porém, a afirmação dele guarda relação com outra notícia, agora velada.


Juca fez a denúncia no dia 1º de novembro de 2009. Seis dias antes, a “colunista social” Joyce Pascowitch publicou, em seu site de fofocas sobre socialites, um tal GLAMURAMA, relato que, segundo a fonte do Blog, tem íntima relação com a denúncia de Juca.

O que você, homem, faria se um jornalista de renome e com grande espaço na mídia, tal qual Juca Kfouri, o acusasse de bater em mulher? No mínimo, sendo mentira você moveria um processo contra o caluniador. E mesmo sendo verdade, se não houvesse provas da acusação, faria a mesma coisa.


Aécio nunca respondeu a Juca e nem o processou. Se a coluna de Pascowitch tiver mesmo relação com a denúncia do jornalista esportivo, a explicação está aí: não seria possível processar devido ao grande número de testemunhas do fato. Simples assim.

(…)".



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