terça-feira, 21 de outubro de 2014

Pode até não ser

Mas pode ser
Registramos neste espaço ("Dedo na ferida"), bem antes do último debate (na Record):

"Quando vão sendo divulgadas outras 'posturas' de Aécio  como a agressão física à namorada durante evento no Fasano, no Rio de Janeiro, em 2009, em que, como governador de Minas, tentava levar a abertura da Copa para Belo Horizonte  fica a conclusão de que não tem preparo para nem mesmo o embate privado. 

Mais flagrante fica isso para quem assiste sua performance nos debates: toda vez em que é confrontado parte para chamar de mentiroso ou leviano o oponente (se mulher, naturalmente)."


Lula, que já alertara para a dimensão de violência com que Aécio tratava a candidata Dilma, como o fez em discurso em Contagem-MG, voltou a tocar na ferida, discursando em São Paulo:

"“Estou indignado. Jamais imaginei com um candidato pudesse chamar a Presidenta da República de mentirosa e leviana na frente das câmeras. Nunca tive coragem de fazer isso, mas vi esse cidadão fazer isso com a maior agressão, com o maior cinismo. Não é possível que esse rapaz não teve educação no berço pra respeitar uma mulher, uma mãe, uma pessoa mais velha que ele.”

Anteriormente já havíamos postado ("Quem tem telhado de vidro não joga pedra no alheio"):

...
"Porém, entendemos que a imagem de Aécio tende a se desgastar, em muito, não pela cobrança que lhe é feita em relação à sua administração como governador de Minas Gerais (em situações para as quais não tem resposta), mas pela forma agressiva com que trata a adversária, uma mulher.

Temos que Aécio insistir em chamar Dilma Rousseff (mulher e Presidente da República, autoridade máxima do Brasil) de 'leviana' e mentirosa', ou afirmar que vai ficar desempregada a partir de 1º de janeiro (debate do SBT), soa, para o público feminino, como postura de homem violento, como a daquele que embriagado ou drogado agride a esposa ou namorada.

A violência contra a mulher está no mais íntimo de toda aquela que foi agredida ou conhece quem o foi. E sabe que toda agressão física começa com a agressão verbal. 

Imagine o leitor se este mesmo público internaliza a ideia de que o candidato usa álcool ou coisa semelhante!"

Observando a evolução das pesquisas, pelos dados recentemente divulgados, onde dois institutos destacam dianteira de Dilma em relação a Aécio (ainda que na chamada margem de erro), primeiro instante concreto em que a candidata à reeleição ultrapassa o adversário no segundo turno, na reta de chegada, 'pode até não ser, mas pode ser' que o eleitorado feminino sentiu-se agredido com a postura destemperada de Aécio a Dilma em debates anteriores, recheada de 'mentirosa' e 'leviana'.

E bem também pode ter acontecido que "mães" e "idosas" tenham sentido o peso das agressões de Aécio a Dilma.

Registre-se que o tucano sempre agiu assim em debates anteriores. Porque no da Record veio bem mais manso. 

Limitando-se ao mantra de que tudo de bom deve ser atribuído ao seu PSDB. A ponto de passar a culpar o Governo e Dilma pela falta de água em São Paulo.

Afinal, para ele é assim: o que o meu PSDB faça de ruim é culpa do PT.

Reta final
Começou a reta final. Atos demonstram que os candidatos lançam suas últimas cartadas no tabuleiro. Que as militâncias - dentro do viés de consciência - estarão nas ruas para definir o pleito.

O vídeo abaixo (clique no link) é o resultado de um encontro de Dilma, em São Paulo, com artistas, no teatro do TUCA, da PUC. Local para mil participantes.

Uma multidão reuniu-se em frente, gritando o nome da candidata, que foi à sacada ver o que acontecia.

Pulou de alegria! Com razão.


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