quinta-feira, 29 de maio de 2014

A rede

Na Copa
Em audiência pública no Senado o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, informou que não há no Brasil legislação que obrigue as prestadoras de serviço a oferecerem serviço dentro dos estádios, nem que faça os estádios liberarem as áreas para instalação dos equipamentos de telefonia celular, afirmando, portanto, que “Este problema é de natureza privada, não cabendo ao poder público intervir” (do Valor).

Por tal razão 50% dos estádios devem apresentar  problemas na telefonia móvel sendo eles o Itaquerão (São Paulo), Mineirão (Belo Horizonte), Arena da Baixada (Curitiba), Arena Pernambuco (Recife), Arena Castelão (Fortaleza) e Arena das Dunas (Natal).

Os problemas residem no fato do não entendimento em relação aos preços cobrados pelos estádios das empresas de telefonia, que variaram de R$ 2,5 a C$ 10 mil por mês. Os contratos para aluguel de áreas para instalação de equipamentos envolvem apenas o serviço de celular razão por que o acesso à rede sem fio (tecnologia Wi-Fi) estará comprometida onde não houve negociação. Tal circunstância repercutirá nos torcedores que comparecerem aos estádios.

De nossa parte, por coincidência ou não – nessa coisa de observar em torno daquilo que outros não atentariam – descobrimos que os seis estádios que terão problema “e o serviço ficará de pior qualidade” – segundo o ministro – localizam-se em estados administrados pelo PSDB (São Paulo, Minas Gerais e Paraná), PSB (Pernambuco), DEM (Rio Grande do Norte) e PROS (Ceará).

Sob esse viés, a exploração política ‘contra a Copa’ não pode atribuir ao Governo Federal qualquer responsabilidade. No fundo, onde o ‘deus mercado’ se faz presente impõe a disputa para ver quem paga mais. Quem não aceita fica de fora.


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