domingo, 25 de maio de 2014

Destaques

DE RODAPÉS E DE ACHADOS
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Trabalho de formiguinha
 
As baleias jubarte não mais estão em risco de extinção no Brasil. Em 1980, não mais que 500 indivíduos visitavam nosso litoral. Hoje já ultrapassam os 15.000. 

O fato enseja a retirada da espécie da lista de animais em risco de extinção. O trabalho de formiguinha produziu resultados. 


As jubartes estão livres  ainda que por enquanto – mas outras 1.051 espécies continuam ameaçadas no território brasileiro.
Depois da agitação...
A palavra de ordem tem sido gritos contra a realização da Copa do Mundo no Brasil, sob o argumento de que altos foram os gastos custeados pelo Governo Federal. Por mais que seja negado, o mote permanece alimentando o imaginário.

Tem havido a insistência em confundir investimentos em mobilidade urbana, segurança etc.  decorrentes de compromissos com a Copa  com aqueles utilizados na construção ou recuperação de estádios.

Os primeiros permanecem e se constituem próprios e naturais ao poder público. Gastos com estádios, no entanto, são fruto de investimento privado, ainda que financiados por bancos oficias, que os tem emprestado a preços do mercado, sem nenhum subsídio.

...A verdade sobre a Copa
Edição da Folha de São Paulo deste sábado 24, da lavra dos repórteres Gustavo Patu, Dimmi Amora e Filipe Coutinho, traz a realidade: o Governo federal nada investiu em estádios. E mais: os gastos tidos como 'da Copa' (os investimentos acima referidos) não alcançam 'um mês' dos efetivados em Educação, por exemplo.

Claro está  demonstra-o a matéria  que dos 5,8 bilhões gastos diretamente com a Copa pelo Governo federal, 2,7 bilhões o foram com a ampliação e modernização de aeroportos, 1,9 em segurança pública (quase tudo destinado às políticas estaduais), 600 mil em portos, 400 mil em telecomunicações e 200 mil em outras despesas.

Em tais quesitos poderiam as mobilizações até discutir terem sido pouco, nunca que se destinaram a estádios. Não fora negarem o óbvio: tais investimentos, não bastasse serem importantes para o país (muitos ansiados há muito), geram receitas de tarifas e concessões.
 

Para não esquecer
O ministro Joaquim Barbosa vai alcançando a 'glória'. Acaba de costear pelos falares da Igreja Católica. Não por se ver indicado a um lugar nos altares. Mas por conseguir ser alvo nos púlpitos.

É que a Comissão de Justiça e Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB acaba de publicar nota sobre a execução da AP 470, onde salienta a preocupação da entidade em relação às decisões judiciais que levam a "condenações sem provas", "negam a letra da lei" e promovem "interpretações jurídicas absurdas".

A considerar-se a iniciativa da CNBB (ainda que tardia não deixa de ser oportuna e atual) ficamos no aguardo da repercussão em entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (sem mugir nem tugir).

A propósito de Joaquim Barbosa: diante da nota da Comissão de Justiça e Paz da CNBB também não mugiu nem tugiu.

Novidade nenhuma
'A CBF é o Brasil que deu certo' – ilustra o ilustrado Parreira – diante dos microfones que não lhe faltam.

Que Deus tenha pena desta ‘terra de São Saruê’! 

Como se não bastasse nos vem Ronaldo  mostrando porque é 'fenômeno' –  a se dizer decepcionado com as obras da Copa.

Caso não fosse membro de um Comitê da Copa, tudo bem. Repetiria declarações naturais a grandes craques, como Pelé. Mas... é membro do Comitê Organizador da Copa. Desde 2011. 
Só falta torcer contra a Seleção Brasileira!

Ainda que sejamos contra
Seis milhares de franceses estiveram na Copa da África do Sul. No Brasil serão 17 mil. É o que afirma o jornal Aujourd'hui en France. Pesa na procura, segundo o jornal, o "fator Brasil'. O país reflete uma imagem de sonhos para os franceses.

Para tristeza de Ronaldo Fenômeno!
Brincadeira I 
A brincadeira de um internauta, ‘elegendo’ o ministério de Aécio Neves, é trazida a este espaço não pela substância em si, mas pela crítica que pode ser estendida a ministérios de governantes outros, inclusive do PT.

Por exemplo: que diferença pode fazer – no âmbito da atuação – Eduardo Cardoso em relação a Eduardo Azeredo? As relações de um e outro deixam a deseja em espaços comuns.

Brincadeira II
De nossa parte, aderindo à parte hilária, faltou o internauta indicar para o Ministério das Relações Raciais, ou coisa assim, aquela representante do movimento negro do PSDB em Roraima, Cândida Bentes, presidente do Tucanafro.

Caso alguém diga que a moça é loura... é coisa do PT.

Desatando o nó I
Recentes ações do Governo Federal dão conta da perspectiva para a nova configuração dos investimentos públicos federais e o que resultará disso.
Tempos houve em que tudo se concentrou no Sudeste. 

Os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro receberam a quase integralidade dos recursos para implantação da indústria pesada. Tornaram-se o centro da produção nacional. Não bastasse, a malha portuária também por lá se concentrava. Resulta daí o alijamento do Nordeste e do Norte no curso das décadas, trazendo para seu entorno de abandono também o Centro-Oeste.

Tudo nesse país ou era produzido e distribuído em São Paulo ou destinado a São Paulo. O porto de Santos sempre o referencial.

O primeiro salto ocorreu quando Juscelino Kubitschek transferiu a capital da República para o Centro-Oeste e iniciou a construção de estradas, como a Belém-Brasília, primeiro traço de união entre Norte e Sul.

Nas décadas seguintes pontuaram-se investimentos no Nordeste e no Sul – com a instalação de pólos petroquímicos e centros industriais – e abriu-se à industrialização Manaus, com a Zona Franca. No entanto, mantinha-se no Sudeste a concentração da distribuição para o exterior.

Desatando o nó II
Em país de dimensão continental transportar por milhares de quilômetros – especialmente por malha rodoviária – para viabilizar a exportação ou alcançar extremos internos fez gerar um significativo componente de custo que tem sido objeto de críticas durante as últimas décadas: o ‘custo Brasil’, ou seja, a ausência de uma logística compatível com a extensão territorial considerando as novas fronteiras de produção e o destino.

O nó logístico do escoamento da produção de áreas esquecidas no país começa a encontrar outro caminho: não mais o destino Sul, mas o Norte.

A duplicação da Belém-Brasília, a conclusão da ferrovia Norte-Sul e a conclusão da Hidrovia do Tocantins são corredores (rodoviário, ferroviário e aquaviário) para exportações através dos portos de Barcarena, no Pará, e Itaqui, no Maranhão.

O fluxo de grãos, por exemplo, não mais terá como destino de exportação a exclusividade do Porto de Santos.

Nessa esteira, outros portos abrir-se-ão à logística exportadora: o de Ilhéus, na Bahia, e o de Suape, em Pernambuco.

Interpretação
Julgar é por uma conclusão em relação a fatos (teses) em conflito. No entanto, imaginar que a dimensão subjetiva (o que eu vejo e como eu penso) não se faça presente é exigir a perfeição onde não o há.

Imaginar que uma propaganda político-partidária fuja de uma proposta político-eleitoral faz parte do surrealismo interpretativo a que se oferece o Judiciário brasileiro.

Há ministro do TSE querendo um novo tipo de propaganda político-partidária: a propaganda vestal; a que cuide apenas do oráculo e não do que diga a mensagem. 

Não fora isso outro motivo não haveria para a suspensão de inserções da propaganda do PT. Que está, em tese, proibido de comparar propramas e ações enquanto governo.

Por tal entender é que entendemos a decisão do TSE sob a égide do "como eu vejo e como eu penso".

Indicativo
Para a turma do não vai ter Copa não custa sujar as mãos de verde e amarelo. Afinal, faltam apenas 18 dias para Brasil x Crácia.

Mostra a planilha!
O prefeito Claudevane Leite anunciou enfrentamento à pretensão das empresas de transporte coletivo que servem ao município – e dele se servem – condicionando o aumento ansiado à melhoria do serviço prestado.

Há pelo Brasil um movimento para que a Globo mostre "o Darf' do recolhimento dos impostos referentes a operações de lavagem de dinheiro.

Ótima oportunidade para Sua Excelência convocar a sociedade para que tenha conhecimento da "planilha de custos" das empresas. 

Que, sabemos, anda muito defasada diante da realidade.

Palpite infeliz
Porque já é Copa aproveitamos para homenagear os que são contra a sua realização - depois do prestes a começar - na figura do 'Fenômeno". Que não é Afonsinho, Sócrates etc.... quando fala.

Portanto, oportuna a audição de "Palpite Infeliz" (Noel Rosa), aqui interpretada por Ivete Sangalo.

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