quarta-feira, 7 de maio de 2014

Brincando

Com fogo
É o que pode ser dito em relação ao estado crítico por que passa São Paulo e muitos outros municípios paulistas que dependem do sistema de fornecimento administrado pela SABESP (a EMASA de lá). Um de seus principais sustentáculos, o sistema da Cantareira, que está chegando a um dígito de sua capacidade de armazenamento, já chegou ao limite de 10%. 

O tucano Geraldo Alckmin vai rolando com a barriga - como FHC o fez com o câmbio, em 1998 - para não ver contagiada a sua campanha à reeleição. Tem esperança de que a tragédia absoluta venha a ocorrer somente depois da eleição. Ou seja, dele reeleito.

Ocorre que não há expectativa de chuvas, uma vez que o período de estiagem está começando. Nenhuma nuvem no horizonte. E a população já convive com um racionamento, denominado de 'rodízio' e multados os que ultrapassarem os limites médios de consumo.

O mais grave para a imagem de Alckmin como administrador é que tudo ocorre por falta de investimentos na área de captação e reserva nas últimas décadas. Coincidentemente, administradas pelo PSDB.

Alckmin está brincando... com água! O que pode lhe custar a reeleição. Afinal, todo mundo consome e precisa de água. Diferente de câmbio, coisa para perceber no bolso, não no corpo.

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Para economizar outro texto aproveitamos o espaço, pelo tema abordado, para lembrar que, em pesquisa do instituto Data Popular realizada por telefone com 18.534 pessoas, no dia 3 de maio, 29% responderam que a culpa pela falta d'água é da SABESP e 41% a atribuem ao próprio governador Geraldo Alckmin e ainda 9% culparam a presidente Dilma.

Unindo os dois pontos - assim que vinculados um e outro, SABESP e Governo de São Paulo - há 70% de eleitores aptos à dedução eleitoral, daqui até outubro, caso venha a se aprofundar o racionamento.

Ao lado da não-responsabilização de São Pedro (que ficou com míseros 7%) fica a batata quente eleitoral, para ser cozida pelo candidato Geraldo Alckmin até o horário eleitoral. Não devendo ser esquecido que a água na torneira vale mais que qualquer propaganda: contra (se falta) ou a favor (se não faltar).


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