quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Perdendo

As estribeiras
Na linguagem popular mais tradicional 'perder as estribeiras' leva-nos à compreensão de que alguém está destituído do mínimo da lucidez que se exige dela. De que o bom senso não norteia seu pensar. Comumente a reação que leva à expressão reside no destempero no falar. 

Ou no escrever. Como acaba de ocorrer com Eliane Catanhêde (Folha de São Paulo), caricata consciência de uma elite nacional que não admite ser contrariada em seus propósitos. O Programa Mais Médicos, do Governo federal, está levando a paroxismos não apropriados para uma nação civilizada, se tomamos o que dizem os acólitos desta elite. Que, no caso específico, ora se concentra na absurda reação de parcela considerável da classe médica contra a vinda de profissionais estrangeiros para ocupar espaços onde não pretendem ou não querem ir muitos dos seus integrantes.

Pois não é Catanhêde escreveu que o o avião que trouxe a primeira leva de médicos cubanos era um "avião negreiro"?

Efetivamente preconceituosa a afirmativa. Como outra que girou pelo mídia de que as médicas cubanas mais pareciam com "domésticas".

De Catanhêde queremos crer que a deselegância posta tem um sentido mais profundo: o temor de que a iniciativa do Governo Federal enterre pretensões oposicionistas em 2014.

Afinal ela é uma das porta-vozes da oposição. A ponto de, em defesa dela, perder as estribeiras.

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