terça-feira, 10 de abril de 2012

Em fio de navalha

Não deu outra
Aventamos neste espaço sobre o fato de o Ministro Gilmar Mendes ter em suas mãos uma decisão que atenderia aos interesses de Carlinhos Cachoeira.
Edição de O GLOBO, transcrita em Luis Nassif Online, no www.advivo.com.br ("Gilmar ignora explicações do MPF e arquiva ação contra jogos"), traduz a consumação do fato.

(Recomendamos ao leitor reler, neste blogue, "Tem Coisa", "Indícios" e "Pode dar samba", postadas nos últimos dias).

O que causa espécie não é o fato em si de o Ministro Gilmar Mendes ofertar interpretação técnico-jurídico para determinar o arquivamento. Mas de ser justamente ele a se debruçar sobre o assunto.

Por mais íntegro que o seja era o menos recomendado a fazê-lo, justamente porque em jogo estão interesses que envolvem Carlinhos Cachoeira e Demóstenes Torres.

E as relações entre Demóstenes e Gilmar Mendes estão muito claras, desde a conivência no "grampo sem áudio" até no acolhimento por Demóstenes de uma enteada de Gilmar em seu gabinete no senado.

Mais dignidade residiria em Gilmar Mendes se houvesse declinado de julgar a ação. Ao fazê-lo deixa a suposição de que temia que algum colega de STF não tivesse a mesma interpretação sua. 

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