segunda-feira, 30 de abril de 2012

DE RODAPÉS E DE ACHADOS - Dia 29 de Abril

Quando o tema se esgota em si mesmo, um rodapé pode definir tudo e ir um pouco além.  
Adylson Machado

                                                                              

Dilma e os bancos

Enquanto FHC queria vender o BB e a CEF Dilma deles se utilizou para peitar os grandes bancos e levá-los à queda de juros.
Eis a diferença.

Crimes I

Já escrevemos que nada temos contra a fonte de informações para este ou aquele órgão jornalístico. O que não toleramos é a utilização de meios espúrios para sua obtenção. O que está para ser comprovado, como método da Veja, famosa desde aquele “grampo sem áudio”.
Razão por que, se a CPI do Cachoeira levar a fundo o que diante dela se disponibilizará, Roberto Civita estará envolvido até o pescoço.
E cremos que ela não está só. Daí porque gostaríamos de ver uma CPI para apurar as criminosas ações da Veja.

Crimes II

Escancaram que Cachoeira – parceiro da Veja – montou a invasão do Hotel Nahoum, mais especificamente do apartamento onde hospedado José Dirceu.
Quem beneficiado? A revista Veja que utilizava um de seus repórteres para integrar a proeza.

Disfarçando

A grande imprensa – aquela denominada de PiG por Paulo Henrique Amorim, ou seja, Partido da imprensa Golpista – focaliza somente nos partidos políticos (PP, PT, PSDB, DEM, por enquanto) com alguma atuação vinculada a Carlinhos Cachoeira.
Tenta desviar a atenção. Se a coisa for aprofundada chega à imprensa – no momento representada pela VEJA – e em figurões do Poder Judiciário.

Érito Machado I

Negamo-nos a participar das exéquias do mestre Érito Machado. Mais para não vermos condolências pela oportunidade, falas muitas da boca para fora. Mas nos recolhemos nas lembranças de quem foi aluno, assim considerado o que traduzisse ideias no texto e que dominasse a concordância verbo-nominal nas avaliações.
A capacidade crítica de Érito Machado fazia-o estranho onde chegasse. Incomodava a muitos. O Mestre não contemporizava com a mediocridade. Esta lhe era absolutamente inversa e Érito não admitia nem mesmo passar onde a brisa dela ensaiasse flertar.

Érito Machado II

Nessa linguagem contemporânea onde o sonhador e utopista transformou-se em sinônimo de empreendedor Érito Machado o foi. Ao exercer o poder de que dispunha para fundar uma Escola de Economia em Itabuna, para aliar-se ao centro universitário que aqui se construiu e que, poucos querem reconhecer, é a razão da existência da FESPI, embrião da hoje cantada e decantada UESC.

Érito Machado III

Não nos víamos desde que não nos foi possível vê-lo. Dos muitos feitos pouco lembrado. Voraz leitor, intelectual com idiossincrasias que o marcaram, era um homem inteligente, na expressão da palavra. Todas as suas atitudes, ações e reações foram pautadas na inteligência.
Não vemos em Itabuna o necrológio que Érito Machado merecia.
A mediocridade ainda impera! A morte fez um favor em levá-lo. Não precisava tê-lo sido como o foi.

Érito Machado IV

Não sabemos se Érito Machado foi lembrado para integrar alguma destas tantas academias que inundam Itabuna.
E nos permitimos ignorante ser quando a vanitas vanitatis omnia vanitas pousa sobre o horizonte que ainda não se fez.

Excelente I

Disponibilizamos o sítio http://www.excelencias.org.br/ como instrumento para qualquer cidadão. Através dele descobrimos que a variação patrimonial de Geraldo Simões entre 2006 e 2010, penúltimo mandato, foi de 77.501,35 reais e que possui um patrimônio declarado de 419.501,35, assim como o tamanho do seu pãodurismo em contribuição financeira para a mulher, na campanha de 2008, que alcançou a astronômica cifra de 24.995,00 reais.

Excelente II

Não custa também o leitor acessar o http://www.portaldatransparencia.gov.br/ e verificar o dinheiro que anda chegando para Itabuna. Desde o que recebe o Município, até instituições outras.
Destacamos, por enquanto, algumas disparidades, como uma instituição como a APAE conveniando em torno de 100 mil reais e uma outra – Fundação Pau Brasil – recebendo 1.020.793,00 em 2011, de um projeto que supera 2.770 milhões. Ainda há um Fundo Cacau Cabruca, um Instituto Agroambiental Cacau Cabruca.
Seria interessante a sociedade ver a prestação de contas de cada uma delas. Especialmente para conhecer o que cada uma realiza em benefício da comunidade.

Cavaleiros de Granada

Um “dos”. Assim o pré-candidato do PSDB, afirmado pela direção local do partido. Nenhum óbice a Ronald Kalid. Ou ao direito de lançar-se candidato. Afinal, utopia é alimento.
No entanto, experientes políticos parecem desconhecer a engrenagem das relações partidárias, verticalizadas as decisões. Nunca de baixo para cima.
Agem os do PSDB local como os personagens de Cervantes, “Os Cavaleiros de Granada”: aqueles que “em alta madrugada / brandindo lança e espada / saíram em louca cavalgada. / Para quê? / Para nada”.
O detalhe fica para o PSDB de Ronald. Por faltar-lhe Cervantes para registrar a “cavalgada”.

Colhendo

Para o que escreve ofertando opinião, descompromissado em agradar a este ou àquele, cria para si uma expectativa em torno do que opinou. Até para verificar o grau ou dimensão de sua opinião. Freudianamente, autoafirmação.
As declarações de Geddel Vieira Lima no lançamento da “pré-candidatura” de Renato Costa é o primeiro freio de arrumação no processo eleitoral/2012.
Resolvemos, então, retomar rodapés postos neste “O TROMBONE. Eis alguns:
“Essa a razão por que este observador deste cada dia mais estranho e desfigurado mundo da eleição vê em alguns dos bons nomes para o debate apenas molduras eleitorais, acessórios à beleza do processo, legitimando cada eleição.
Em junho de 2012, ao final do período fixado na lei para definição das candidaturas, teremos oportunidade de conhecer o quadro e a moldura”.
(“Do quadro e da moldura”, DE RODAPÉS E DE ACHADOS, de 18 de setembro de 2011).
“É como pode ser denominada a importância de certos dirigentes partidários locais. Se a ‘democracia partidária’ impõe a vontade das executivas estadual e nacional, em Itabuna alguns dirigentes parecem desconhecer a realidade.
E andam anunciando candidaturas para 2012. Que não tardam a ser desmentidas”.
(“Zero à esquerda”, DE RODAPÉS... de 21 de novembro de 2011).
“Não entendemos como fruto da democracia interna tantos pré-candidatos, como ocorre no PMDB. Mormente quando o partido motivou filiações para se tornarem candidaturas que passam a ser pré-candidaturas.
Neste particular buscaram ‘Leninha da Regional’ prometendo o Paraíso. A moça chega e começam a despontar nomes de todos os lados.
De ilustres desconhecidos ou desprestigiados a parentes de lideranças em extinção”.
(“Deselegância”, DE RODAPÉS... de 25 de outubro de 2011).
“Ainda que alguns entendam que inflação de pré-candidaturas configuraria democracia partidária em nível interno parece-nos coisa para encontrar um tertius (terceiro) – famosa figura que chega na hora certa para solucionar conflitos e para unir o partido quando desunido.
No PMDB o tertius se chama Renato Costa”.
(“O tertius tem nome”, DE RODAPÉS de 25 de outubro de 2011).
“Não espere Leninha Alcântara presentes do PMDB. Para ela, a indicação do partido à majoritária de 2012 constituía-se uma certeza. Se acontecer o será pelas circunstâncias, diante da fragilidade dos concorrentes internos.
No entanto, a esperança que nutria, de chegar à eleição como candidata, pode ficar para 2016”.
(“O PMDB e o Natal de Leninha”, DE RODAPÉS... de 25 de dezembro de 2011).
“Essa independência do PMDB itabunense, sob a ótica dirigente de Renato Costa, está mais para botar o carro adiante dos bois, a província acima da metrópole.
A não ser que, como já escrevemos nestas mal traçadas, que os tantos pretensos candidatos do PMDB tenham Renato Costa como tertius e em favor dele renunciem.
Ainda que para vice de Azevedo”
(“Para boi dormir”, no DE RODAPÉS E DE ACHADOS, de 22 de janeiro de 2012).
“Particularmente acreditamos que o PMDB local, se estiver sob o absoluto comando de Geddel, não tem pretensão de viabilizar uma vitória do PT, dividindo opositores ao projeto GS. Afinal, a vaia recebida em Ilhéus pelo então Ministro de Lula, se iniciativa ou não de Geraldo Simões, não foi esquecida.
Sob esse prisma, ou o PMDB local oferta candidatura que contribua para derrotar Geraldo/Juçara ou se aliará com quem possa fazê-lo”.
 (“Caminho natural”, DE RODAPÉS... de 25 de outubro de 2011).
“Particularmente pagamos para ver o PMDB de Geddel Vieira Lima – com as vaias ainda nos tímpanos, por ele atribuídas a GS – fortalecer, em Itabuna, Geraldo Simões e o PT.
Vemos como muito mais possível uma composição do PMDB itabunense com a reeleição de Azevedo”.
(“Pagando para ver”, DE RODAPÉS... de 7 de novembro de 2011).

Dificuldades

O PTdoG tende a não ter Lula no palanque. Como os demais, se contentará com uma mensagem padrão de apoio e recomendação.
Afinal, por cautela, Lula não se debruçará para gravações individuais para mais de 5 mil candidatos Brasil a fora.
Não há corda vocal que aguente.

O que está em jogo I

Considerando o estrago feito na lagoa dos cururus com o afastamento de Wenceslau Júnior da Câmara, por determinação judicial, circulam “certezas” de que Luís Sena assumirá a candidatura, como “bucha de canhão” – para utilizar expressão deste O TROMBONE (“Vai sobrar para o ‘Velhinho’”).
E que esta teria apenas o condão de melar a candidatura petista, dividindo votos progressistas.

O que está em jogo II

Temos escrito (basta reler nossos rodapés a partir de setembro/outubro de 2011), e voltamos a reafirmar, que no processo eleitoral em curso há um objetivo comum: derrotar Geraldo Simões, por nós definido como o “pombo” daquela nada correta competição olímpica.
Toda a discussão eleitoral, propostas, projetos e quejandos encobrirão esse objetivo: cortar pela raiz o futuro político de GS.
Nem mesmo pode-se afirmar que seja uma campanha contra o PT, como partido, mas contra o que denominamos de PTdoG.

O que está em jogo III

A indignação contra Geraldo aumenta a olhos vistos. Eleitores de GS, que o tinham como referência política, não votarão nestas eleições. Em ninguém. Por não concordarem com os desmandos que permeiam as recentes administrações preferem anular o voto ou mesmo não comparecer às urnas, como um voto de protesto contra Geraldo.
Este é o clima! Lamentável, mas é o clima!

O que está em jogo IV

PMDB tem candidato forte. Para 2016. PCdoB tem candidato forte. Para 2016. E para chegar cada um com chances de vitória torna-se necessário anular Geraldo político-eleitoralmente em 2012.

Ladeira abaixo

Geraldo, pela condução que tem oferecido à sua trajetória política recentemente mais parece estar se vingando da mulher (não sabemos a razão) ao lançá-la candidata.
Dela se utiliza – sua eleição asseguraria um bom colégio eleitoral para 2014, lembrando que em 2010 perdeu ele 12 mil votos só em Itabuna – como “bucha de canhão” para o seu projeto político.
Suas ações recentes demonstram desespero. Pedido de demissão de jornalista, ameaças. Defesa de corrupto. Típico terror jacobino. Razão por que muitos passaram a temer ofertar o pescoço à guilhotina.
Como esse rapaz mudou!

Sujeira

Ainda pesa no imaginário do observador o que foi fazer Leninha Alcântara na residência de Geraldo Simões há alguns dias. Tudo fotografado. O que admite a possibilidade de exposição da então pré-candidata do PMDB para desgastá-la.
Como ela não dispunha de autorização da Executiva para falar em adesão à campanha petista bem que pode ter sido “convidada”.
Para nós – que estejamos enganado – para ser ameaçada. Afinal, a sua atividade empresarial depende de autorizações para funcionar... de órgão do Governo Estadual!

FICC fiasco

Mais um fiasco da FICC, dentro da valiosa gestão da “ex-dançarina”, “advogada”, “poeta” e “pedagoga” que dirige o órgão máximo da cultura local.
Anunciara, com pompa e circunstância, a abertura do antigo Cine Itabuna, que agora seria o Cine Teatro Jorge Amado. Que seria inaugurado no curso das comemorações do aniversário do município em julho.
Só ficou no release. O prefeito Azevedo disse que nada sabia do projeto e que a Prefeitura não tem como assumi-lo.

Coisas da FICC

Alardeia a instituição apoio ao São João dos bairros. Oferece apoio financeiro de 250 reais para cada “indigente” que por acaso a procure. DUZENTOS E CINQUENTA REAIS.
A “fortuna” chega a 0,001% daqueles 250 mil gastos com a Paixão de Cristo, como denunciou Daniel Thame. Ou, vá lá que seja, a 0,007% de 35 mil, como o diz a própria em resposta.
Essa é a contribuição da FICC para a manutenção da tradição junina. Caso possamos chamar a merreca de contribuição.
Já para o “caldo cultural”, comida e bebida farta custeada pela instituição! Afinal, a “mãe” sabe que elogio não é coisa que se dispense.

“Comunista moderno”

Essa uma das expressões de Wenceslau Júnior em programa radiofônico, quando contestava a ação do Ministério Público, para explicar a atualidade: assistia missa, daí porque era um comunista moderno.
Ou seja, desmistificou a imagem de que comunista “comia criancinha” e “deflorava freiras”.
Sabemos que o comunismo mudou muito. Mas não sabíamos desta vitória da Igreja.

Indigesto

Ainda que o Judiciário tenha acatado a pretensão do Ministério Público e afastado vereadores itabunenses de suas funções por 90 dias a entrevista exclusiva concedida pelo Promotor à rádio Difusora não foi digerida.
Apenas aumentou a percepção de que os tentáculos de Geraldo Simões não se limitam a BAMIN.
Fazem também da séria atuação de um promotor uma espingarda de satanás para os seus interesses.

Samba coco



O coco encontra em Jackson do Pandeiro um de seus maiores cultores e dele temos inúmeros registros. Mas, muitos nos habituamos ao coco disputado entre dois pandeiristas, duelando no improviso.
Aqui o grupo pernambucano Samba Coco Raízes de Arcoverde. A primeira parte traz uma lembrança de nossa infância, do início dos anos 50, com letra modificada, a partir de versos que são de domínio público: minha sabiá, minha zabelê /toda meia-noite / eu sonho com você / se você duvida / eu vou sonhar / prá você ver. Aqui o grupo trabalha o mesmo tema em outra melodia.
O tema também foi aproveitado por Gilberto Gil e Torquato Neto que a partir dele compuseram “Zabelê”, alterando a última sílaba melódica em relação ao original, aqui em gravação de Gal e Caetano.


Cantinho do ABC da Noite

cabocoA observação alencarina a partir do balcão do ABC da Noite gera conclusões. Como a que justifica o conversar continuado, que se abre sempre a novos temas, atropelando-se o anterior com o seguinte.
– Conversa é como rama de maxixe. Não acaba nunca.
DE RODAPÉS E DE ACHADOS está também disponível em www.adylsonmachado.blogspot.com
_________________
Adylson Machado é escritor, professor e advogado, autor de "Amendoeiras de outono" e " O ABC do Cabôco", editados pela Via Litterarum

Nenhum comentário:

Postar um comentário