quarta-feira, 6 de março de 2013

Cromoterapia

Grapiúna
As cores exercem profunda influência na vida, em sua dimensão mais reflexiva, com reconhecimento paradigmático no comer, no vestir etc. Para a cromoterapia o uso correto das cores pode ajudar a melhorar a saúde e mesmo a curar doenças (razão por que recomendável ao ministro do STF Joaquim Barbosa).

Ainda que não nos envolvamos com a dimensão metafísica de tal observar/aceitar não temos como negar que algumas tessituras cromáticas nos fazem mais alegres, tristes, melancólicos etc. Até a imprescindível refeição será atrativa se corresponde ao agrado visual. Em síntese, as cores representam, concretamente, algo palpável em nossa existência.

Não à toa algumas cores representam sentimentos, conforme a cultura. A cor preta durante tempos pretéritos, não tão distantes, estava vinculada à tristeza, aos mortos simbolicamente lembrados através do luto. A vermelha à energia, à vitalidade, à luta. A azul á tranqulidade, à calma. A amarela ao intelecto. Não descuremos de que a cor branca tem sido a expressão de tudo que pretendamos refletir como paz, pureza.

A qualidade da cor é da essência da percepção humana, que escolheu conforme os padrões deste ou daquele grupo social o que mais lhe afeta e afeita.

Cores há que nos remetem, de imediato, à melancolia. Nada mais triste e melancólico que traduzir as cores da atual flâmula itabunense (amarelo e preto) em nosso cotidiano. Tristeza pura, terrificante.

Dominar a cromática faz parte da arte de empregar e distribuir cores em pitnura - que, como já o dissemos, é da essência humana até onde alcança nossa percepção.

Sintetizando: as cores, em si, não são suscetíveis de critérios pré-estabelecidos. O são porque são, porque pressuposto na própria existência humana. Antes que as definíssemos ou as conceituássemos (pre)existiam. Limitar sua expressão - onde apresentá-las - é a limitação da capacidade de percepção do homem como ser.

Tudo escrevemos porque descobrimos que neófitos do legislar grapiúna enveredam por experimentar sua competência trazida a lume pelo voto popular em coisas que imaginam mais simples ou desprovidas da observação de quem os elegeu.

E que pretendem controlar o uso indiscriminado das cores em equipamentos públicos, vinculando-as ao disponível no pavilhão municipal. Para tais pensadores a energia, a paz, a tanquilidade etc., podem não sê-lo.

Talvez busquem confirmar o que não estamos conseguindo superar: uma cidade triste, que esqueceu do azul e branco de sua flâmula originária por uma elaborada tristeza amarelo-preto que nos faz e nos retrata macambúzios há 53 anos.

Que alguns edis elevam à categoria de essencial à vida grapiúna como saúde, educação etc. A cromoterapia de nossos dias... e de nossos representantes. Menos alegria... menos vida... menos pensar!

Ou, como diria Tormeza, na esteira de limitar o que nos compete ver colorindo esta cidade há muita falta do que fazer!

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